#Metoo à portuguesa, ou à estrangeira

Claro que uma atriz que faz acusações sem um alvo definido, e sem prejudicar à partida ninguém, merece maior credibilidade do que outras que apontam alvos que nos parecem improváveis (embora possam não o ser).

Estes #Metoos dão para muita coisa. Até para se fazerem acusações a torto e a direito sem serem comprovadas. Claro que os exercícios normais de sedução, onde tanto se vêem homens como mulheres, devem ficar de fora. E ver apenas como inaceitáveis os casos em que se usa uma posição hierárquica superior, para prejudicar quem não aceita as seduções (às vezes muito pouco sedutoras, por vezes mesmo não aceites à perimeira tentativa), em que acredito haverem mais homens do que mulheres, embora sejam conhecidos casos dos dois géneros.

Claro que uma atriz que faz acusações sem um alvo definido, e sem prejudicar à partida ninguém, merece maior credibilidade do que outras que apontam alvos que nos parecem improváveis (embora possam não o ser). De qualquer modo deve-se sempre esperar por alguma comprovação, e não ir apenas atrás de quaisquer acusações, como acontece muito. Até pela simples tendência acusatória de muita gente, que dispensa quase sempre as provas.

E não se trata apenas dos casos portugueses. Por exemplo, a mim, pelo que se sabe publicamente, custa-me muito a acreditar, assim à distância, na Mia Farrow contra o Woody Allen. E no entanto, este já tem a sua carreira de cineasta escangalhada nos EUA.

Mas há outros casos americanos, que parecem mais fáceis de comprovar, e até aqueles em que os acusados têm reconhecido as acusações.

Mas lá que o politicamente correcto leva a perseguições, muitas vezes injustas, e se baseia sobretudo numa Justiça Popular, isso parece indiscutível.