Homem atropela peão mortalmente depois de beber 10 cervejas. Não prestou auxílio porque entrou “em pânico”

O caso remonta à noite do dia 26 de agosto de 2016, quando um peão foi atropelado enquanto atravessava a passadeira, em Aveiro. Segundo a acusação do Ministério Público (MP), o arguido “não reduziu a velocidade, nem fez qualquer travagem”.

Um homem de 29 anos começou, esta segunda-feira, a ser julgado pelos crimes de homicídio por negligência e omissão de auxílio, pelo Tribunal de Vagos, no distrito de Aveiro, por ter atropelado mortalmente um peão há cinco anos e abandonado o local.

Em tribunal, o arguido admitiu que fugiu do local porque ficou em “pânico”. No entanto, começou por afirmar que não tinha percebido naquele momento que tinha batido contra uma pessoa.

"Só quando cheguei a casa vi o estado do carro e percebi que tinha apanhado alguém", afirmou, citado pela agência Lusa

O seu depoimento acabou por mudar após insistência da juíza e de uma conversa privada com o advogado, admitindo então que não prestou auxílio porque entrou em “pânico” e não reagiu da melhor maneira.

O suspeito revelou também que tinha estado com uns amigos num café em Aveiro e que bebeu 10 cervejas antes de conduzir, mas rejeitou estar embriagado, apesar de ter acusado uma taxa de pelo menos 1,54 gramas por litro de álcool no sangue.

"É preocupante que o senhor a esta distância não se tenha apercebido que estava embriagado", constatou a juíza.

O caso remonta à noite do dia 26 de agosto de 2016, quando um peão foi atropelado enquanto atravessava a passadeira. Segundo a acusação do Ministério Público (MP), o arguido "não reduziu a velocidade, nem fez qualquer travagem".

A vítima foi projetada contra o para-brisas e o tejadilho do carro e caiu 27 metros depois da passadeira.