Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo são as regiões com RT mais elevado

“O aumento dos valores do índice de transmissibilidade (Rt) e o aumento da frequência de novas variantes de preocupação devem ser acompanhados com atenção durante as próximas semanas, em especial nas regiões com maior transmissão”, referem a DGS e o INSA.

Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo são as regiões com RT mais elevado

A Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) alertaram, esta sexta-feira, para a necessidade de acompanhar com atenção a tendência "ligeiramente crescente a nível nacional", assim como as novas variantes do vírus SARS-CoV-2. Número de casos da variante indiana aumentou.

Segundo o mais recente relatório “Monitorização das linhas vermelhas para a covid-19”, Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo são as regiões com o rácio de transmissibilidade (RT) mais elevado: 1,14 e 1,16, respetivamente, “sugerindo uma tendência crescente, mais acentuada nesta última região”.

Assim, a manter-se esta taxa de crescimento, Lisboa e Vale do Tejo podem ultrapassar os 120 novos casos por 100 mil habitantes dentro de duas a quatro semanas. Já o resto do país, pode atingir estes valores dentro de um a dois meses.

De realçar que atualmente, a incidência cumulativa situa-se nos 60 novos casos de covid por 100 mil habitantes.

"O aumento dos valores do índice de transmissibilidade (Rt) e o aumento da frequência de novas variantes de preocupação devem ser acompanhados com atenção durante as próximas semanas, em especial nas regiões com maior transmissão", refere o relatório.

O relatório anunciou ainda que “até 26 de maio, foram identificados 46 casos da variante B.1.617 (associada à Índia)”, mais 36 do que na semana passada. Do total de casos, 37 correspondem à linhagem considerada mais contagiosa.

“A linhagem B.1.617.2 foi classificada como Variante de Preocupação pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) a 24 de maio de 2021. As outras duas linhagens [da variante indiana, B.1.617.1 e B.1.617.3] mantêm a classificação de Variante de Interesse”, lê-se no relatório.

Cerca de 63% dos casos da variante indiana foram registados na região de Lisboa e Vale do Tejo. Quase metade (43,5%) foram identificados em pessoas de nacionalidade portuguesa, 30,4% em pessoas de nacionalidade nepalesa e restantes 15,2% em pessoas de nacionalidade indiana.

“A ausência de história de viagem ou contacto com casos confirmados com esta variante para alguns dos casos pode indicar a circulação da variante na comunidade”, alerta o relatório.