TAP. Prejuízos de 365,1 milhões no 1.º trimestre

 A dívida financeira bruta aumentou 83 milhões de euros face ao final de 2020.

A TAP registou um prejuízo líquido de 365,1 milhões de euros no primeiro trimestre de 2021, período marcado pelo novo confinamento por causa da pandemia, de acordo com um comunicado enviado ao regulador do mercado (CMVM). Ainda assim, representa uma melhoria de 164,6 milhões face aos prejuízos registados no último trimestre de 2020. 

A capacidade e os rendimentos operacionais da companhia aérea caíram 81% e 74%, respetivamente, em comparação homóloga, pode ler-se no comunicado. O EBITDA recorrente foi de -104,1 milhões de euros, o que representa uma queda de 3,2 milhões de euros em cadeia. “Embora se tenham observado alguns sinais de recuperação da procura em janeiro, foram impostas restrições adicionais nos voos e à mobilidade das pessoas em fevereiro e em março nos países onde a TAP opera, que forçaram a empresa a ajustar a sua capacidade rapidamente”, adianta a companhia aérea.

A dívida financeira bruta aumentou 83 milhões de euros face ao final de 2020, principalmente devido ao aumento de 63 milhões dos “passivos de locação com opção de compra (financial leases)”, diz a empresa. A dívida total era de 2.673,4 milhões.

Já o grupo TAP registou prejuízos de 1418 milhões de euros em 2020, mais de 13 vezes os 105 milhões de euros negativos de 2019, segundo o relatório e contas da Parpública, que gere a participação estatal. No que respeita à TAP, a Parpública diz no relatório e contas que “a operação e resultados de 2020 foram significativamente impactados pela quebra de atividade verificada a partir de março, em resultado da pandemia de covid-19, que afetou de forma sem precedentes o setor da aviação civil a nível global”. Os prejuízos da TAP SA (negócio da aviação) ascenderam a 1230,3 milhões de euros em 2020.