Governo pede “tranquilidade” sobre mutação de variante indiana e garante que “não existe nada” sobre transmissão comunitária em Portugal

António Lacerda Sales fala em “estranheza” ao comentar a justificação apresentada pelo Reino Unido para retirar Portugal da sua lista verde de turismo. 

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, pediu “tranquilidade” sobre os riscos associados a uma mutação variante indiana do SARS-CoV-2 e sublinhou que “não existe nada” sobre transmissão comunitária dos 12 casos detetados em Portugal.

“A questão da variante indiana e a questão das mutações que vão existindo, nomeadamente das mutações adicionais em determinadas variantes, é o ciclo natural dos vírus e, portanto, vamos ter provavelmente no futuro de nos habituar a esses ciclos naturais dos vírus”, disse o governante, esta sexta-feira, em Avis.

Recorde-se que em causa na exclusão de Portugal da lista verde do Reino Unido está uma mutação adicional na variante indiana, agora classificada de delta. Estão identificados 90 casos em todo o mundo, 12 em Portugal e 36 em Inglaterra.

“O que é um facto é que temos armas e hoje sabemos que temos armas e a vacinação é também uma boa arma contra essa variante. Aliás, foi com alguma estranheza e até com alguma dificuldade em percebermos, de facto, a fundamentação [da decisão do Reino Unido de retirar Portugal da 'lista verde' de países seguros] porque, efetivamente em relação a essa variante, como é também do conhecimento geral nós tínhamos 74 casos e só 12 desses 74 é que se referiam a essa mutação adicional”, acrescentou.

Lacerda Sales sublinhou que “não existe nada” sobre transmissão comunitária desses 12 casos e que todos estão “bem circunscritos, bem isolados”, estando “sob o controlo” da saúde pública.

“Uma vez mais uma mensagem de tranquilidade e de serenidade para a população, mas também uma mensagem de que estamos atentos na vigilância epidemiológica dos vírus e das suas variantes, mas sempre com esta tranquilidade e serenidade que devemos passar para a população”, frisou, acrescentando que as vacinas “têm eficácia” sobre a variante inicialmente detetada na Índia.

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