CGD. Liderança à espera

Banco poderá vir a entregar 300 milhões de dividendos ao Estado referentes a 2020.

O mandato de Paulo Macedo já terminou mas a sua recondução continua à espera de luz verde por parte dos reguladores. A assembleia-geral (AG) para fazer esta nomeação realizou-se na segunda-feira, mas o tema acabou por não estar em cima da mesa, tendo sido adiado por ainda não haver autorização do Banco Central Europeu (BCE), revelou a instituição financeira.

A AG aprovou, no entanto, a distribuição de 83,6 milhões de euros em dividendos. «A proposta aprovada de distribuição de dividendos acolhe a orientação do Banco Central Europeu de 15 de dezembro de 2020, que recomenda que, até 30 de setembro de 2021, as instituições de crédito significativas mostrem extrema prudência sempre que decidirem ou efetuarem pagamentos de dividendos, em consequência da situação excecional decorrente da pandemia provocada pelo covid-19», revelou. 

Ainda assim, o banco público está a estudar uma entrega extraordinária de mais 300 milhões de euros em dividendos ao Estado relativamente ao exercício do ano passado. Mas esta verba ao Estado está dependente do BCE. A confirmar-se, a Caixa irá pagar ao acionista 383,6 milhões de euros em dividendo este ano, o que corresponde ao dobro do previsto no Orçamento do Estado para 2021, de 160 milhões de euros.

Recorde-se que o banco público apresentou um lucro de 492 milhões de euros em 2020, o que representa uma queda de 37% face ao resultado obtido no ano anterior. Sobre o plano estratégico para os próximos anos, Macedo já disse que estava feito, havendo uma parte referente à melhoria da atividade atual e outra de «ações que se pretendem mais disruptivas».