Os aliados de Costa

Por Francisco Mota Historiador A oportunidade de vivermos as nossas vidas como queremos e escolhemos; uma justiça imparcial e eficaz, da qual ninguém é beneficiado ou prejudicado conforme o seu estatuto social; a defesa do meio ambiente, que não pode ser hipotecado ou confiscado por interesses instalados; as escolas e universidades como espaços questionadores e…

Por Francisco Mota

Historiador

A oportunidade de vivermos as nossas vidas como queremos e escolhemos; uma justiça imparcial e eficaz, da qual ninguém é beneficiado ou prejudicado conforme o seu estatuto social; a defesa do meio ambiente, que não pode ser hipotecado ou confiscado por interesses instalados; as escolas e universidades como espaços questionadores e livres; os procedimentos democráticos, para a escolha dos nossos governantes e visão de País; os valores culturais, sociais e históricos que, orgulhosamente, constituem o legado da nossa amada pátria – estas e muitas outras coisas, damos como adquiridas, inquestionáveis e garantidas. Mas estão todas sob ameaça, e não basta o sr. primeiro-ministro dar como garantido de que lado da história em que Portugal sempre esteve, como foi no período do PREC ou da Guerra Fria. Deve lembrar-se, António Costa, que foi ele mesmo e o seu Partido Socialista que estatizou e normalizou a extrema-esquerda, que agora diz combater. O que António Costa se esqueceu de dizer aos Aliados de sempre, é que cá dentro aliou-se com os outros de nunca. Mas uma vez mais, o Governo tem uma posição de sobrevivência na Europa e outra no País. 

Vivemos um tempo de hipocrisia política, de garantia dos poderes socialistas e da sua sobrevivência. Caminhamos para uma administração do país que parece estar inteiramente dedicada à manutenção do ritmo incessante do declínio económico e cultural, levando à miséria, na esperança de atingir uma nova sociedade e igualitária em que todos terão o mesmo, visto que ninguém terá nada. 

A pandemia tem sido apenas o motivo para que a locomotiva iniciasse a sua marcha. Nunca o País esteve verdadeiramente livre, mas, hoje, está nas mãos de uma extrema-esquerda e de um socialismo que ditará pobreza, miséria e fome ao nosso povo. O combate político terá de ser feito no campo da revolução cultural e ideológica, muito equiparada aos tempos do PREC, em que os aliados serão sempre os patriotas, os de ontem e os de hoje, que inspiraram o 25 de Novembro de 1975. 

Numa sociedade dita livre, composta por pessoas que se associam livremente e formam comunidades de interesse, mas que os socialistas não têm o direito de controlar nem autoridade para banir, atualmente não é isso que vemos a acontecer, uma vez assistimos à ditadura de opinião. Quem não está com eles está contra eles. 

Está em curso uma revolução ideológica, com o objetivo de instalar uma nova ordem social em Portugal. Se quisermos ir mais longe, há um regime a impor-se. Facultar dados de manifestantes a um regime que persegue e mata os seus opositores, foi apenas mais um episódio, num Estado onde as instituições não funcionam e os políticos são imunes a responsabilidades. Fernando Medina não sair da presidência da Câmara Municipal de Lisboa, fica às claras que está em curso um atentado ao Estado de Direito que respeite a dignidade humana.

A violação à proteção de cidadãos num Estado de Direito, no País que atualmente preside à União Europeia, demonstra ao que vai este Partido Socialista. Um PS vendido à extrema-esquerda, ao comunismo e que tudo fará para se perpetuar no poder, nem que para isso amordace o nosso futuro coletivo e nos imponha um regime totalitário. Hoje, mais do que nunca, não podemos dar nada por garantido, nem nos abstrairmos dos factos.

O regime está podre e sem perspetivas de futuro. Quem negar isto, que se recorde que, cada vez mais, este é o sentimento generalizado dos portugueses que não reconhecem voz a quem se acomoda a esta realidade. Quando se queixarem de extremismos e populismos, lembrem-se do dia em que negaram estas evidências e ficaram amordaçados ao politicamente correto. 

Portugal necessita de uma revolução cultural – e a maioria silenciosa se participar, vai revolucionar a forma de fazer política no país. O Estado democrático está nos cuidados intensivos, cabe a nós não permitir a afirmação de um Estado Novo Socialista.