Ministra diz que restrições em LVT deverão manter-se e não afasta recuo no desconfinamento a nível nacional

“Não é possível garantir que o futuro seja desta ou daquela maneira”, destaca. 

A ministra da Saúde, Marta Temido, disse, esta quarta-feira, que as restrições aplicadas à Área Metropolitana de Lisboa se deverão manter, uma vez que a situação “não está ultrapassada” e não rejeitou que possa haver um recuo no desconfinamento a nível nacional.

Em declarações aos jornalistas, a governante salientou que os números “levam a crer” que situação de Lisboa “não está ultrapassada” e, por isso, deverão manter-se as restrições já aplicadas, tal como já tinha sido dito pelo presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina. Recorde-se que é proibido circular de e para a Área Metropolitana de Lisboa aos fins de semana.

Sobre um possível recuo no processo de desconfinamento a nível nacional, a ministra lembrou que “estamos a lidar com um fenómeno que se reveste ainda de muitas incertezas” e que não é possível garantir que tal não venha a acontecer.

“Não é possível garantir que o futuro seja desta ou daquela maneira. Podemos garantir é que tudo faremos para que isso não seja necessário”, frisou. No entanto, a ministra notou que “conhecemos a realidade dos números que estão a aumentar e ainda não estamos num momento em que os estejamos a ver a decrescer”. 

Questionada sobre se as infeções em pessoas vacinadas podem afetar a adesão da população à vacinação, a ministra respondeu que pensa “que não” e que “espera que não", lembrando que as “vacinas são efetivas e seguras”, mas “não são milagres”.

“As vacinas são uma tecnologia, um medicamento, e têm o potencial de ter uma efetividade de 70, 80 ou mesmo 90%. Isso significa que a possibilidade de uma pessoa vacinada contrair a doença é reduzida em termos de probabilidade. Há sempre uma margem de risco, as vacinas não evitam completamente [a doença]”, sublinhou, destacando ainda a importância da vacinação completa.

“Sabemos que provavelmente haverá a necessidade de fazer reforços de vacinação e ainda desconhecemos muito sobre a necessidade desses reforços. Estamos a adquirir vacinas para 2022 que permitirão esses reforços”,admitiu. “Esta é uma doença nova, um vírus novo, por isso é que é necessário ter prudência na forma como lidamos com ele”, rematou.