Tenham orgulho!

Infelizmente vimos o terrível espetáculo de propaganda homofóbica que a Hungria formalizou e concretizou em forma de lei, impedindo que os jovens na sua fase mais crucial tivessem o apoio das escolas, e se silenciasse o assunto, como se de uma doença se tratasse! 

A palavra neutra, faz-me lembrar a II Guerra Mundial, onde Portugal tomou uma posição neutra na guerra, não sendo invadido pela Alemanha nazi. No entanto, em posições essenciais, um neutro, acaba sempre por ser alguém que concorda com o opressor e acaba por ser invadido pelo mesmo. Estamos no mês de celebrar um amor igual, independente do sexo masculino/feminino entre todos os cidadãos. E eu acho que estas celebrações, são mais do que necessárias, precisas. Até porque não são meras celebrações. São afirmações! Afirmações de que não aceitável ser-se homofóbico. 

Em 71 países, é proibido, ilegal amar um cidadão ou cidadã do mesmo sexo. Quando me dizem que «estas celebrações são ridículas», eu digo precisamente o contrário, ridículo seria não fazê-las, não mostrar e bem que qualquer pessoa em qualquer lugar deveria ter os seus direitos humanos salvaguardados. Infelizmente vimos o terrível espetáculo de propaganda homofóbica que a Hungria formalizou e concretizou em forma de lei, impedindo que os jovens na sua fase mais crucial tivessem o apoio das escolas, e se silenciasse o assunto, como se de uma doença se tratasse! Felizmente a União Europeia não se assume nem se poderia assumir nestas posições extremamente castradoras: «A Comissão Europeia exige que Hungria suspenda a lei que proíbe a homossexualidade nas escolas.

O primeiro-ministro húngaro ultradireitista Orbán desafia a UE com lei que proíbe falar sobre homossexualidade nas escolas da Hungria.

A nova lei da Hungria contra a homossexualidade parece ter esgotado a paciência dos líderes europeus. O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, chega à cúpula europeia de Bruxelas tendo que encarar uma inédita frente comum de até 17 países que o acusam de violar as normas europeias contra a discriminação e de estigmatizar as pessoas homossexuais com suas políticas enviesadas contra essa orientação sexual». 

O preconceito continua a ser das armas mais mortíferas da humanidade, e o ódio o seu meio de disseminação.

Felizmente, temos bandeiras, temos cores, temos movimentos, purpurinas, alegria, música, mas acima de tudo temos pessoas que dia após dia vivem as suas relações independentemente dos olhares, das bocas ou da aceitação. Que o orgulho continue a ser a principal bandeira de quem ama além fronteiras, seja homem ou mulher com base apenas no que dita o coração!