Redes de alta velocidade crescem em todo o país

Entre as regiões que registaram um crescimento muito significativo do número de alojamentos cablados estão o Algarve, a Madeira, o Centro e o Alentejo.

Cerca de 5,7 milhões de alojamentos em território nacional já se encontravam cablados com rede de alta velocidade, no final do 1.º trimestre de 2021, mais 4,8% do que no trimestre homólogo. O crescimento verificado fez ampliar a cobertura das redes de alta velocidade no país para os 89,3%, mais 4,1% que no final do 1.º trimestre de 2020. Os dados foram revelados pela Anacom no relatório “Redes e Serviços de alta velocidade em local fixo – 1.º trimestre de 2021”.

Entre as regiões que registaram um crescimento muito significativo do número de alojamentos cablados estão o Algarve (+16,5%), a Madeira (+9,7%), o Centro (+9,6%) e o Alentejo (+6,5%).

Em comunicado, a associação dos operadores de comunicações eletrónicas (Apritel) destaca que nestas regiões a cobertura de redes de alta velocidade já se aproxima da média nacional, dando um contributo para o reforço da coesão territorial. E lembra ainda que “o exemplo máximo do esforço de capacitação de zonas económica e socialmente mais frágeis que o setor tem vindo a fazer, para um maior desenvolvimento e aceleração da sua recuperação económica, é a cobertura de 100%  (>99,9%) da região dos Açores”.

Também o número de alojamentos cablados com fibra ótica (fiber to the home, FTTH) ascendeu a cerca de 5,5 milhões, mais 8,7% do que no período homólogo, tendo atingido uma cobertura de 87,2%.

Já os alojamentos cablados com acessos de alta velocidade suportados em redes de televisão por cabo (hybrid fiber coaxial, HFC) apenas aumentaram 0,1% face ao trimestre homólogo, totalizando 3,8 milhões. A cobertura deste tipo de redes era de 59,5%.

A Apritel recorda que, já no início do ano, a Associação Europeia de Operadores de Redes de Telecomunicações (ETNO) tinha apontado que “as redes de fibra são essenciais para o desenvolvimento económico do continente europeu”, dando destaque a Portugal por possuir “a melhor cobertura de redes de fibra a nível europeu e mundial”.