Variante Delta é a “mais prevalente em Portugal” e domina em todas as regiões

A variante, detetada pela primeira vez na Índia, é dominante a 100% nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo e Algarve. Não se detetaram novos casos da variante Lambda (C.37), associada ao Peru e Chile.

Variante Delta é a “mais prevalente em Portugal” e domina em todas as regiões

A variante B.1.617.2 do vírus SARS-CoV-2, comummente conhecida como variante Delta, é a “mais prevalente em Portugal” e mantém-se “dominante em todas as regiões”, de acordo com o mais recente relatório de situação sobre a diversidade genética do vírus no país, divulgado, esta terça-feira, pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do Núcleo de Bioinformática do seu Departamento de Doenças Infecciosas.

“Entre as novas sequências analisadas, a variante Delta (B.1.617.2) é a variante mais prevalente em Portugal com uma frequência relativa de 88.6% na semana 26 (28 junho-4 julho), mantendo-se dominante em todas as regiões.”, lê-se.

A variante, detetada pela primeira vez na Índia, é dominante a 100% nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo e Algarve. No Alentejo, a predominância é de 95%. Segue-se o Norte com 88,2%, o Centro com 81,8%, a Madeira com 79,2% e os Açores com 62,5%.

“Do total de sequências da variante Delta analisadas, 56 apresentam a mutação adicional K417N na proteína Spike (sublinhagem AY.1), sendo que a frequência relativa desta sublinhagem tem evidenciado uma tendência decrescente”, acrescenta o documento.

A frequência das variantes Beta (B.1.351, associada à África do Sul) e Gamma (P.1, associada a Manaus, Brasil), “mantém-se baixa e sem tendência crescente (inferior a 1%) nas últimas amostragens a nível nacional.”

Não se detetaram novos casos da variante Lambda (C.37), associada ao Peru e Chile.

Entre “outras variantes de interesse”, o INSA destaca “a variante/linhagem B.1.621 (detetada inicialmente na Colômbia), a qual tem apresentado uma frequência relativa à volta de 1% nas últimas semanas”.

Até ao momento, foram analisadas “11.386 sequências do genoma do novo coronavírus, obtidas de amostras colhidas em mais de 100 laboratórios, hospitais e instituições, representando 290 concelhos de Portugal”, sublinhndo que “no âmbito da monitorização contínua da diversidade genética do SARS-CoV-2 que o INSA está a desenvolver, foram obtidas, até ao momento, 2.584 sequências a partir de amostras colhidas entre a semana 22 (31 de maio a 6 de junho) e a semana 26 (28 de junho a 4 de julho)”.

A amostragem envolveu laboratórios distribuídos pelos 18 distritos de Portugal continental e pelas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, abrangendo um total de 192 concelhos.