Ensaios não clínicos mostram que vacina portuguesa tem “uma elevada segurança e eficácia”

Vacina está a ser desenvolvida pela empresa biotecnológica Immunethep, sediada em Cantanhede, distrito de Coimbra.

Ensaios não clínicos mostram que vacina portuguesa tem “uma elevada segurança e eficácia”

Os ensaios não clínicos da vacina portuguesa SIlba (SARS-CoV-2 Inactivated for Lung B and T cell Activation), desenvolvida pela empresa biotecnológica Immunethep, sediada em Cantanhede, no distrito de Coimbra, demonstraram uma “elevada segurança e eficácia”.

Em comunicado, a que agência Lusa teve acesso, a empresa explica que os ensaios não clínicos da vacina recorreram a ratos transgénicos k18-hACE2 que, “infetados com o coronavírus, desenvolvem uma doença semelhante aos humanos”.

“Através destes ensaios não clínicos e da taxa de sobrevivência de 100% observada, foi possível confirmar a eficácia da vacina em infeções letais por SARS-CoV-2”, afirma o diretor científico da Immunethep, citado no documento.

"Após a infeção com um inóculo letal do vírus verificamos que, comparativamente com ratinhos controlo (que não sobreviveram), os animais vacinados tinham uma sobrevivência de 100% nos animais vacinados com a vacina SIlba, observável logo na primeira semana após a infeção, além disso, não demonstraram quaisquer efeitos adversos após a vacinação", acrescenta.

O responsável considera ainda que o apoio por parte do governo para a vacina portuguesa é “essencial para que possamos dar continuidade aos ensaios clínicos da vacina, a tempo de contribuir para a resolução da pandemia da covid-19”.

Os ensaios não clínicos da SIlba decorriam há vários meses.