Investimento imobiliário regista quebra de 70% no primeiro semestre

É necessário recuar a 2014 para encontrar uma quebra de atividade comparável.

O investimento imobiliário de rendimento perfez um total de 530 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, o que representa uma queda de 70% face ao semestre homólogo do ano passado. De acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pela consultora CBRE, em comunicado, é necessário recuar a 2014 para encontrar uma quebra de atividade comparável.

Contudo, a consultora imobiliária assinala que a quebra semestral ocorre apesar de o segundo trimestre ter registado “um volume de investimento de 330 milhões de euros”, o que se traduziu “num crescimento de 65% face ao trimestre anterior''.

Do total investido durante a primeira metade do ano, 40% (210 milhões de euros) foi canalizado para ativos de escritórios, 31% (165 milhões de euros) para imóveis residenciais de arrendamento e 14% (75 milhões de euros) para retalho.

Apesar de um primeiro semestre menos positivo, a CBRE “projeta uma segunda metade do ano bastante mais dinâmica”, mediante os negócios em curso, cujo os mais relevantes em termos de valor envolvem hotéis, habitação e até mesmo algumas unidades de saúde, existindo ainda diversos edifícios de escritórios em negociação.

A consultora prevê também “um volume de investimento adicional que poderá atingir os 2.200 milhões de euros, o qual inclui uma transação que per si representa cerca de mil milhões de euros”. No entanto, deixa a ressalva de que esta transação, “devido à sua dimensão e complexidade”, poderá derrapar para 2022, “impactando fortemente os resultados de 2021''.

Neste sentido, aponta para um “intervalo de volume total de investimento em 2021 entre 1.700 e 2.700 milhões de euros”, estando envolvida em 90% do volume de investimento estimado para o segundo semestre.