Tendência de crescimento no tráfego aéreo mantém-se em maio, mas está longe de 2019

Abertura do corredor aéreo entre Portugal e Reino Unido, na última quinzena de maio, ajudou no crescimento.

Os aeroportos nacionais registaram o movimento de 1,3 milhões de passageiros no mês de maio e movimentaram 16,2 mil toneladas de carga. Nesse mês aterraram nos aeroportos nacionais 8,6 mil aeronaves em voos comerciais. Os dados foram divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) que lembra que “no mês homólogo de 2020, devido à crise pandémica covid-19, não houve praticamente tráfego nos aeroportos”.

Assim, comparando com o mês homólogo de 2019, o movimento de passageiros caiu 77,1% e o movimento de carga e correio diminuiu 10,6%.

“De salientar que entre os dias 17 e 31 de maio de 2021, desembarcaram 60,0% do total de passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais nesse mês, dos quais 25,5% em voos provenientes do Reino Unido”, reforça o gabinete de estatística.

Nessa altura, o aeroporto de Faro concentrou 55,4% dos passageiros provenientes de voos do Reino Unido.

Feitas as contas, considerando os passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais em maio deste ano, 72,5% corresponderam a tráfego internacional (84,6% no período homólogo), na maioria provenientes de aeroportos localizados no continente europeu (63,8%).

Já relativamente aos passageiros embarcados, 68,1% corresponderam a tráfego internacional (83,6% no período homólogo), tendo como principal destino aeroportos localizados no continente europeu (61,3%).

Os INE justifica estes valores e lembra que “comparando o número de aeronaves aterradas e o número de passageiros desembarcados diariamente entre janeiro e maio de 2021 com o período homólogo de 2020, na segunda quinzena de março, que em termos homólogos coincide com o início das restrições adotadas ao nível do espaço aéreo devido à pandemia COVID-19, especificamente nos últimos dias deste mês, verificou-se uma inversão da tendência com o crescimento de ambos os indicadores, que se manteve durante os meses de abril e maio”.

No entanto, a segunda quinzena de maio mostrou um “aumento expressivo” justificado principalmente com os voos provenientes do Reino Unido. “Contudo, estes indicadores apresentaram níveis muito baixos tendo como referência o tráfego registado no mesmo período, antes da crise pandémica”, lembra o INE.

E acrescenta que quando surgiu o anúncio de abertura do corredor aéreo entre Portugal e o Reino Unido, gerou-se “um aumento visível do número de passageiros desembarcados a partir desse dia”. Aliás, nessa última quinzena, desembarcaram 60% do total de passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais nesse mês, dos quais 25,5% em voos provenientes do Reino Unido. O aeroporto de Faro concentrou 55,4% dos passageiros provenientes de voos do Reino Unido entre 17 e 31 de maio.

Comparando os aeroportos nacionais, o aeroporto de Lisboa movimentou 47,7% do total de passageiros (1,7 milhões) e registou um decréscimo de 69,7%, “o mais acentuado dos três aeroportos com maior tráfego anual de passageiros”. O aeroporto do Funchal manteve-se como o terceiro aeroporto com maior movimento de passageiros neste período (271,0 mil; -54,7%), superando o aeroporto de Faro.

No que diz respeito aos passageiros, considerando o volume de passageiros desembarcados e embarcados em voos internacionais entre janeiro e maio deste ano, o principal país de origem e de destino dos voos foi Franca. O Reino Unido foi o segundo principal país de origem dos voos, seguido da Alemanha. Na vertente de destino, a Suíça surge como segundo principal país e a Alemanha como terceiro.