Costa diz que está tudo preparado para vacinar 570 mil crianças antes do ano letivo começar

Declaração inicial do primeiro-ministro marcada pelo tema da vacinação das crianças e pelo Plano de Recuperação e Resiliência.

Costa diz que está tudo preparado para vacinar 570 mil crianças antes do ano letivo começar

O primeiro-ministro abriu o debate, sem surpresa, a falar da covid-19. Costa começou por afirmar que a prioridade é completar o processo de vacinação, de forma a garantir a proteção de crianças e jovens e, assim, começar o ano letivo sem riscos.

O chefe do Governo lembrou que o Executivo aguarda orientações da DGS, mas sublinhou que está tudo preparado para as 570 mil crianças e jovens receberem as duas vacinas, entre 14 de agosto e 19 de setembro.

Sobre o Plano de Recuperação e Resiliência, Costa reiterou que Portugal tem de ser dos melhores a concretizar.

"Fomos os primeiros a apresentar, temos de ser os melhores a executar", sublinhou. "Teremos 40 mil milhões de euros ao serviço da transformação da nossa economia".

Para o primeiro-ministro, "o grande desafio” está em “recuperar desta crise pandémica, resolvendo ao mesmo tempo os problemas estruturais que afetam a competitividade da economia”.

Outra das prioridades elencadas por Costa está relacionada com a habitação, arrendamento a preços acessíveis à classe média e garantia de habitação condigna para quem vive em situação de carências, neste âmbito destacou o objetivo de realojar 26 mil famílias até 25 de Abril de 2024.

O combate à corrupção também não ficou esquecido na intervenção inicial do primeiro-ministro. Costa fez questão de salientar o esforço do Governo nesta área, dando como exemplos "a separação das funções policial e administrativa na relação com os imigrantes", que impõe a extinção do SEF, a alteração nos comandos das Forças Armadas ou o "desenvolvimento do Portal da Transparência".

Já a terminar o seu discurso, recuperou as declarações que tinha feito nesta mesma ocasião há um ano, lembrando que na altura o estado da nação era o de uma nação em luta e que agora é o de uma nação a reerguer-se dessa luta.

"Com a dor do luto por aqueles que perdemos no caminho e com as cicatrizes dos sacrifícios, reerguemo-nos. Unidos, mais fortes e determinados a construir um país melhor, mais resiliente e mais preparado para vencer desafios do futuro", concluiu, não sem antes acrecentar que "depois de ano e meio exigente, é tempo de olhar em frente e pôr mãos à obra. É tempo de agir”.

Terminada a declaração inicial do chefe de Governo, é a vez dos os partidos falarem, terão direito a pedidos de esclarecimento e intervenções, pela seguinte ordem: PSD, PS, BE, PCP, CDS-PP, PAN, PEV, Chega e Iniciativa Liberal (IL).

Sublinhe-se que o debate de hoje não contara com a presença do líder da oposição, Rui Rio, que estará ausente, devido à morte de um familiar próximo, conforme já tinha anunciado o próprio presidente do PSD, na terça-feira.