BCP avança com nova ação superior a 2 milhões contra Berardo

Empresário madeirense já fez oferta ao juiz Carlos Alexandre para pagar caução de 5 milhões.

BCP avança com nova ação superior a 2 milhões contra Berardo

O BCP avançou com uma ação contra a sociedade Metalgest, holding ligada ao empresário Joe Berardo. A ação, no valor de 2, 17 milhões de euros, deu entrada na segunda-feira no tribunal da Comarca da Madeira, no Funchal, de acordo com o portal Citius, avançou o Eco. 

Esta é a primeira ação contra empresas do universo de Berardo desde a detenção do comendador madeirense, no final do mês passado. Mas a meio de abril também o Novo Banco tinha avançando com um processo de execução no valor de 3,5 milhões de euros contra a Metalgest e ainda a Fundação José Berardo.

Já em outubro do ano passado, BCP, Novo Banco e Caixa Geral de Depósitos iniciaram uma ação contra a Associação Coleção Berardo, pedindo a confirmação de penhora de obras de arte para execução de dívidas. Mas em abril de 2019, Caixa, BCP e Novo Banco tinham avançado com um processo de execução contra o próprio empresário madeirense e as sociedades Metalgest, Moagens Associadas e Fundação José Berardo, exigindo cerca de 962 milhões de euros por dívidas em incumprimento.

Esta nova ação por parte do banco liderado por Miguel Maya surge, numa altura, em que o empresário madeirense já apresentou a proposta de pagamento da caução de cinco milhões de euros ao juiz Carlos Alexandre. O comendador está indiciado pela prática de burla qualificada, branqueamento, fraude fiscal qualificada, abuso de confiança qualificado e descaminho.

Além do pagamento de caução, o juiz proibiu ainda Joe Berardo de contactar com outros arguidos do processo, obrigou-o a entregar o passaporte e proibiu-o de sair do país.

O processo que levou à detenção do empresário Joe Berardo conta com 12 arguidos, dos quais seis são empresas e cinco individuais. Joe Berardo, André Luíz Gomes, irmão de Joe Berardo, o filho de Joe Berardo, Carlos Santos Ferreira e ainda várias pessoas coletivas fazem parte da lista. Em causa estão prejuízos de quase mil milhões de euros à Caixa Geral de Depósitos, ao Novo Banco e ao BCP.