Registadas mais de 11 mil reações adversas à vacina contra a covid-19. Uma por cada mil administradas

Na lista de reações mais comuns destacam-se 3.044 casos de mialgia (dor muscular), 2.927 casos de cefaleia (dor de cabeça), 2.830 casos de pirexia (febre), 2.567 casos de dor no local da aplicação, 1.288 casos de fadiga, 1.232 casos de calafrios ou 1.148 casos de náuseas.

Foram registadas 11.314 reações adversas à vacina contra a covid-19 em Portugal até 22 de julho, segundo o Relatório de Farmacovigilância – Monitorização da Seguranças das Vacinas contra a Covid-19 em Portugal, publicado pelo Infarmed. De realçar que já foram administradas mais de 11 milhões de doses da vacina, o que corresponde a uma reação adversa por cada mil imunizações. O documento revela ainda a existência de 68 mortes.

“Com o decorrer do programa de vacinação e o estímulo para a notificação de suspeitas de reações adversas a medicamentos (RAM) associadas a vacinas contra a Covid-19 este valor tem aumentado. No entanto, ao consideramos o número de casos de RAM face ao número total de vacinas administradas, verifica-se que as reações adversas às vacinas são pouco frequentes — cerca de 1 caso em mil inoculações — e esta relação tem-se mantido estável”, destaca o Infarmed.

No último relatório, publicado a 27 de junho, os dados mostravam 8.470 reações adversas em 8.470.118 vacinas administradas.

Das 7.412.497 doses da vacina Comirnaty, da farmacêutica Pfizer, foram registadas 6.485 reações adversas. Na vacina Spikevax, da Moderna, ocorreram 970 reações em 1.141.821 administrações.

Já na Vaxzevria, conhecida como AstraZeneca, foram registadas 3.480 reações em 2.003.932 vacinações e na vacina da Janssen ocorreram 379 reações em 444.733 imunizações.

A maioria das reações – 7.299 – foram consideradas não graves e apenas 4.015, 36% do total, foram consideradas graves. Das reações graves, 2.408 casos indicados como "clinicamente importantes" e 68 terminaram em "morte". O relatório revela ainda a hospitalização de 303 pessoas.

“Dos casos de RAM classificados como graves, cerca de 90% dizem respeito a situações de incapacidade temporária (incluindo o absentismo laboral) e outras consideradas clinicamente significativas pelo notificador, quer seja profissional de saúde ou utente.”, explica o documento.

Já as 68 mortes “ocorreram num grupo de indivíduos com uma mediana de idades de 78 anos e não pressupõem necessariamente a existência de uma relação causal entre cada óbito e a vacina administrada, decorrendo também dentro dos padrões normais de morbilidade e mortalidade da população portuguesa.”

Na lista de reações mais comuns destacam-se 3.044 casos de mialgia (dor muscular), 2.927 casos de cefaleia (dor de cabeça), 2.830 casos de pirexia (febre), 2.567 casos de dor no local da aplicação, 1.288 casos de fadiga, 1.232 casos de calafrios ou 1.148 casos de náuseas e o Infarmed destaca que “as RAM notificadas com maior frequência enquadram-se no perfil reatogénico comum de qualquer vacina”.