“temos de ser capazes de explorar, com confiança e ambição, o potencial económico da língua portuguesa”, preconiza o chefe de estado, aníbal cavaco silva, num artigo publicado hoje nas edições de portugal, angola e moçambique do semanário sol, a propósito do dia da língua portuguesa e da cultura da comunidade dos países de língua portuguesa (cplp), que se assinala domingo.
sublinhando que a língua portuguesa e as culturas da cplp contribuem para projetar uma visão estratégica de uma rede global lusófona, informalmente constituída por mais de 240 milhões de pessoas que têm o português como idioma oficial, cavaco silva assinala que esta proximidade “catalisada pela língua e pela cultura, dinamiza fluxos comerciais, migratórios, criativos, turísticos, de investimento, de conhecimento e de desenvolvimento”.
no artigo, o presidente da república fala também da cplp, considerando tratar-se “genuinamente” de “uma marca vencedora, como se constata pelo crescente interesse que suscita em diversos países e blocos regionais.
“apesar da sua juventude, a nossa comunidade é uma história de sucesso, quer porque soube identificar o momento político certo para se formar, quer, sobretudo, porque se alicerça em profundas raízes históricas e de amizade”, refere o presidente da república, defendendo que se reconhece a lusofonia na naturalidade com que se constata que nenhum “é ou se sente estrangeiro perante o outro, ou na terra do outro”
“trata-se, pois, de um conceito moderno, plural e evolutivo, moldado pela atualidade das sociedades vibrantes que a compõem e fundado na língua portuguesa, acrescenta o chefe de estado, notando que a língua é um dos é um dos principais ativos estratégicos dos países que a compõem, com a sua afirmação internacional a constituir um objetivo prioritário.
“podemos orgulhar-nos do muito que já foi alcançado. porém, o processo de internacionalização da língua portuguesa, cujo êxito favorecerá a afirmação de cada um dos nossos países e da própria cplp no palco internacional, é um desafio que nos convoca a todos”, acrescenta cavaco silva.
lusa/sol