Justiça espanhola considera que existem “indícios suficientes” para Shakira ser julgada por fraude fiscal

A cantora de ‘My Hips Don’t Lie’ está a ser acusada de ter defraudado o Estado espanhol em 14,5 milhões de euros entre 2012 e 2014. Em causa está o não pagamento de impostos sobre arrendamento e património.

Quase três anos depois de Shakira ter sido acusada de defraudar o Estado espanhol em 14,5 milhões de euros, a cantora pode mesmo vir a sentar-se no banco dos réus. Um juiz do tribunal de instrução de Barcelona concluiu, na quarta-feira, que existem “indícios suficientes” para a artista ir a julgamento por fraude fiscal.

Segundo avança a agência de notícias espanhola Efe, que teve acesso a documentos jurídicos, o juiz considera que apesar de as teses da Agência Estatal de Administração Tributária de Espanha e da defesa serem “diametralmente opostas” quanto à interpretação tributária a aplicar, há “indícios suficientes de criminalidade” para continuar o processo contra Shakira e para que o mesmo se resolva em julgamento.

A cantora de 'My Hips Don't Lie' está a ser acusada de ter defraudado o Estado espanhol em 14,5 milhões de euros entre 2012 e 2014. Em causa está o não pagamento de impostos sobre arrendamento e património.

No entanto, a defesa de Shakira alega que, entre concertos e a agenda associada ao meio artístico, a cantora passou menos de 184 dias no país, pelo que não tinha obrigação de pagar impostos por não ser considerada residente.

Já em janeiro de 2020, dois inspetores da agência tributária espanhola declararam que a artista não tinha feito o pagamento do Imposto de Renda entre 2012 e 2014.

Em 2018 foi instaurado um processo contra a cantora e o seu assessor fiscal nos Estados Unidos. Ambos estavam acusados de seis crimes contra a agência espanhola por, alegadamente, terem elaborado um "plano" para não pagar nem o imposto de renda, nem de património, utilizando uma rede de 14 empresas sediadas em paraísos fiscais que recebiam o que Shakira ganhava com “a sua atividade profissional”.