Antiga tesoureira da Fábrica da Igreja condenada a três anos de prisão por desviar mais de 33 mil euros

Durante cinco anos, a mulher de 39 anos apropriou-se do dinheiro que lhe pediam para depositar em bancos ou que doavam para a instituição católica. 

Uma antiga tesoureira da Fábrica da Igreja de Panque, em Barcelos, foi condenada pelo Tribunal da Relação de Guimarães a três anos de prisão, com pena suspensa, por desviar mais de 33 mil euros à instituição.

Para além de ficar com a pena suspensa, a arguida está obrigada a pagar, em três anos, 7.200 euros à Fábrica da Igreja, e irá também indemnizar a instituição no valor de 28.459 euros, segundo indica o acórdão a que a agência Lusa teve acesso.

O tribunal imputou um crime de abuso de confiança qualificado à mulher, atualmente com 39 anos, que foi tesoureira no Conselho Económico Paroquial (Fábrica da Igreja) de Santa Eulália de Panque, em Barcelos, entre 27 de março de 2012 e 31 de dezembro de 2017.

Segundo a justiça, a arguida aproveitou-se da confiança que os membros daquele Conselho Económico depositavam nela, de tal forma que, por vezes, a sua responsabilidade era depositar no banco quantias monetárias em cheques em branco assinados pelos mesmos.

A arguida depositou alguns dos cheques na conta do posto de abastecimento de combustíveis em que trabalhava, retirando da caixa os montantes correspondentes, explica o tribunal, ao apontar que a mesma também se apropriava do dinheiro doado em missas e para esmolas da igreja.

A mulher de 39 anos terá desfalcado a instituição numa quantia total de 33.459 euros, dos quais já restitui cinco mil.

Já nos autos, apontam uma confissão de dívida por parte da antiga tesoureira, que disse reconhecer ser a devedora de 33.500 euros.

Durante o julgamento, a arguida decidiu não prestar declarações.

Contudo, após o anúncio da condenação, a tesoureira recorreu à decisão, ao alegar que o montante desviado foi de apenas 17.517 euros, pedindo que fosse reduzida a sua pena, bem como o valor a pagar para a suspensão da mesma.

Já a Fábrica da Igreja também recorreu, ao considerar que a mulher deve receber uma pena mais pesada e um aumento da quantia a pagar.

O Tribunal da Relação de Guimarães não deu provimento a nenhum dos recursos.