EDP. Lucro sobe 9% para 343 milhões de euros no primeiro semestre

Para este ano, a EDP mantém o objetivo de alcançar um lucro recorrente acima dos 800 milhões.

Os lucros da EDP cresceram 9% no primeiro semestre do ano, atingindo os 343 milhões de euros, um resultado que, excluindo efeitos não recorrentes, diminui 15% para 326 milhões de euros, segundo o comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A empresa liderada por Miguel Stilwell d’Andrade garante que o “desempenho do semestre foi marcado pela positiva pela integração da Viesgo em Espanha e crescimento de resultados das redes no Brasil, tendo sido penalizado pela subida dos custos de compra de energia no mercado ibérico e por recursos eólicos abaixo da média nos EUA”.

Neste período, o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu caiu 10% para 1692 milhões de euros, face aos 1871 milhões registados no período homólogo.

Os resultados foram ajustados pelas alterações no perímetro de consolidação na Península Ibérica em 2020 (hídrica em Portugal e fornecimento de Castejon CCGT e B2C em Espanha) e por efeitos não recorrentes como a contribuição em 2020 para o resultado líquido das seis centrais hídricas em Portugal, da central CCGT de Castejon e do negócio de comercialização B2C, vendidos em dezembro desse ano, pelos custos com o fecho antecipado da Central a carvão de Sines e com a recompra de dívida também em 2020, tendo este ano tido o efeito não recorrente do ganho com a alienação da CIDE.

Quanto à margem bruta também caiu 9% no primeiro semestre de 2021, para os 2416 milhões de euros, face a 2657 milhões registados nos primeiros seis meses de 2020. Já a dívida líquida aumentou 8% para 13,2 mil milhões de euros, “impactada pela aceleração do investimento, sobretudo em renováveis e redes, no seguimento do plano estratégico apresentado no início do ano, assim como pelo aumento do investimento em fundo de maneio resultante da otimização da gestão de tesouraria num contexto de elevada liquidez financeira e baixas taxas de juro de curto prazo”.O objetivo é fechar o ano com uma dívida entre os 11 e os 11,5 mil milhões.

Para este ano, a EDP mantém o objetivo de alcançar um lucro recorrente acima dos 800 milhões.