Atividade económica na Zona Euro cresce em julho ao ritmo mais rápido desde 2006

A aceleração registada no mês passado foi impulsionada pelo setor dos serviços e, apesar de a produção na indústria ter registado a subida mais tímida em cinco meses, a expansão neste setor também “foi considerável”.

A atividade económica na Zona Euro cresceu ao ritmo mais elevado dos últimos 15 anos em julho, de acordo com o indicador PMI Composite Output Index da IHS Markit, relativo à economia europeia, divulgado esta quarta-feira.

Este indicador subiu até 60,2 no mês de julho, ligeiramente abaixo da estimativa preliminar de 60,6, mas ainda assim acima dos 59,5 registados em junho, até aqui o crescimento mais elevado desde junho de 2006.

Segundo os dados do relatório, a aceleração registada no mês passado foi impulsionada pelo setor dos serviços e, apesar de a produção na indústria ter registado a subida mais tímida em cinco meses, a expansão neste setor também "foi considerável”.

Este é também o quinto mês consecutivo em que o setor privado se expande e "a sequência ininterrupta mais longa desde que a pandemia começou, no ano passado”, salienta a IHS Markit.

Entre as quatro maiores economias da zona do euro, o aumento mais rápido foi verificado na Alemanha, onde o ritmo de expansão acelerou para níveis recorde. Na Itália, o crescimento da atividade do setor privado também foi significativo, enquanto a Espanha e a França registaram subidas menos acentuadas nos níveis de produção.

O indicador indica ainda que em julho verificou-se o aumento mais rápido na procura por bens e serviços da Zona Euro desde maio de 2000.

Citado em comunicado, o economista-chefe da IHS Markit, Chris Williamson, refere que "o setor dos serviços na Europa está a voltar à vida”, em parte devido ao “alívio das restrições ligadas à covid-19 e um maior progresso na vacinação” que “estão a alavancar a procura por uma grande variedade de atividades, especialmente no turismo, viagens e hotelaria”.