Liberais afirmam que notas dos exames nacionais confirmam “falhanço” do Governo

Partido defende que “as políticas educativas escolhidas pelo Governo socialista estão erradas, são mal executadas e os alunos e as famílias são as suas vítimas”.

A Iniciativa Liberal lamentou, esta quarta-feira, que as médias nos exames nacionais tenham descido na maioria das disciplinas, apontando "o falhanço da gestão do Governo" na Educação e criticando o favorecimento dos alunos que fizeram exames no ano passado.

"A Iniciativa Liberal recebe os resultados da 1ª fase dos Exames Nacionais com consternação. Infelizmente, confirma-se o falhanço da gestão do Governo na área da Educação em termos gerais e o absoluto descontrolo da situação durante a pandemia", escrevem os liberais num comunicado enviado à imprensa, intitulado "Ministério da Educação, um falhanço anunciado".

Na ótica do partido, "as promessas falhadas de disponibilização de meios de ensino à distância", "o encerramento das atividades letivas presenciais durante vários meses (Portugal é um dos países onde as escolas permaneceram fechadas durante mais tempo durante o ano de 2020)" e a "incapacidade de organizar o sistema agravaram as deficiências de um modelo que é, já de si, orientado para a promoção da mediocridade".

De acordo com os liberais, "as políticas educativas escolhidas pelo Governo socialista estão erradas, são mal executadas e os alunos e as famílias são as suas vítimas".

"Acresce que, para além de promover a degradação do sistema e dos resultados, o Governo introduziu ainda grande iniquidade no processo de avaliação uma vez que, para tentar iludir a sua responsabilidade na gestão ruinosa do ano letivo 2019/20, inflacionou artificialmente as notas dos exames desse ano, provocando um favorecimento inaceitável dos alunos que agora se candidatam ao Ensino Superior com base nesses resultados", criticam.

Segundo os dados divulgados na segunda-feira pelo Ministério da Educação, as notas médias nos exames do 12.º ano desceram em quase todas as disciplinas, depois de terem subido no ano anterior, quando foram introduzidas regras excecionais que beneficiaram os alunos, devido à pandemia da covid-19.