Biografia propõe nova teoria sobre a morte de Elvis Presley

Durante muitos anos a morte da estrela do rock and roll foi atribuída a uma overdose de medicamentos, mas uma biógrafa afirma que tudo se deveu às suas doenças congénitas.

Passem os anos que passarem, a morte de determinados ícones do entretenimento continua a atrair os mais curiosos, até porque, em muitos casos, a vida e mesmo o desaparecimento estão rodeados de mistérios e “pontas soltas”. Elvis Presley, um dos mais importantes ícones culturais do século XX, que morreu em 1977, aos 42 anos, é um desses casos.

Até hoje, a causa da morte do rei do rock é alvo de discussões e teorias da conspiração. A conclusão mais difundida é que o cantor faleceu devido a uma arritmia cardíaca súbita, causada por uma overdose de medicamentos. Aliás, no dia a seguir à sua morte, o jornal The New York Times falou com o seu médico legista Dr. Jerry Francisco que examinou o cadáver por aproximadamente duas horas e informou que as análises iniciais já apontavam esse motivo como causa da morte.

Contudo, quase 45 anos depois, surge uma nova teoria que se opõe à tese geral de que os problemas de saúde do cantor são decorrentes do seu vício em drogas. A teoria surge numa biografia intitulada Elvis: Destined to Die Young. De acordo com a autora, jornalista, historiadora e também ela fã de Presley, Sally Hoede, a estrela do rock’n’roll estava “destinada a morrer” porque tinha herdado várias doenças genéticas do lado materno – os avós de Elvis eram primos diretos. Por isso, segundo o novo livro, a morte de Elvis Presley estará, afinal, relacionada com o tratamento para doenças congénitas das quais sofria.

Na entrevista de Sally Hoede ao jornal britânico Observer, a escritora sublinhou que três tios de Elvis Presley morreram ainda jovens e que mãe do cantor, Gladys, faleceu aos 46 anos (apenas quatro anos mais velha que o filho).

“Eles tiveram um período semelhante de saúde degenerativa de quatro anos, e é interessante porque ela não tomou a mesma medicação”, esclareceu Hoede. Na mesma entrevista, a autora admitiu que começou a estudar o histórico clínico de Elvis Presley para “limpar a imagem do artista”. “Não é suficiente dizer que um homem que mudou culturalmente o nosso universo morreu de uma overdose. Não é exato e não é suficiente. Elvis era um homem doente que escondia muitas das suas fraquezas para encher salas de concertos e sustentar a sua família. Ao examinar as suas falhas e problemas de saúde, talvez possamos começar a ver a sua humanidade novamente”, disse a escritora, explicando que Presley sofria de doenças em nove dos onze sistemas corporais.