Mortalidade por covid-19 em Portugal é “considerada elevada”

INSA revela que “a mortalidade por Covid-19 manter-se-á provavelmente elevada nas próximas semanas, dado o aumento de casos de infeção por SARS-CoV-2 acima dos 80 anos”.

A mortalidade por covid-19 em Portugal é “considerada elevada” e deverá manter-se assim durante as próximas semanas, revelou, esta sexta-feira, mais recente relatório das linhas vermelhas da pandemia, da DGS e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

O documento revela, no entanto, que a pandemia regista uma "tendência decrescente a nível nacional, mas ainda crescente nas regiões Centro e Alentejo", apesar de existir "uma atividade epidémica de SARS-CoV-2 de elevada intensidade".

A incidência de novos casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias “foi de 357 casos, com tendência decrescente a nível nacional”, observando-se apenas no Algarve uma “uma incidência superior ao limiar de 480 casos em 14 dias por 100 mil habitantes (869)”.

Em relação a faixas etárias, a incidência no grupo de 65 ou mais anos “foi de 136 casos, com tendência estável a decrescente a nível nacional”. Já o grupo de pessoas acima dos 80 anos "é o único que mantem uma tendência de crescimento em relação às últimas semanas". 

O relatório refere que "a pressão sobre os cuidados de saúde dá indicação de estabilização ou início de diminuição", mas "a mortalidade por Covid-19 manter-se-á provavelmente elevada nas próximas semanas, dado o aumento de casos de infeção por SARS-CoV-2 acima dos 80 anos".

Já a ocupação de camas em Unidades de Cuidados Intensivos regista também uma “tendência estável a decrescente”, correspondendo "a 77% (na semana anterior foi de 82%) do valor crítico definido de 255 camas ocupadas", é informado. O maior número de internados observa-se em Lisboa e Vale do Tejo, "onde foi ultrapassado o limiar crítico regional definido" – 106 doentes para 103 camas.

De acordo com o INSA, a variante Delta, originalmente associada à Índia, continua a ser a "dominante em todas as regiões", com uma "frequência relativa de 98,3% dos casos avaliados" na semana de 19 a 25 de julho em Portugal.