“Tudo faremos para evitar uma paralisação dos serviços do SEF”, diz CTP após anúncio de greve

É de lembrar que a greve foi convocada pelo Sindicato dos Inspetores de Investigação, Fiscalização e Fronteiras (SIIFF) no âmbito da falta de resposta do Governo quanto aos direitos destes inspetores na sequência da aprovação da proposta de lei que “prevê a dispersão de competências policiais do SEF pela PJ, PSP e GNR”.

"Perante o anúncio da greve a partir de amanhã, dia 14, até ao dia 31 de agosto, a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) apela ao entendimento entre o Sindicato dos Inspetores de Investigação, Fiscalização e Fronteiras (SIIF) e o Governo", começa por explicar o organismo em comunicado enviado aos órgãos de informação. “É irresponsável e lesa a economia a realização de uma greve dos trabalhadores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) nesta altura do ano, principal período de férias, e num momento em que o Turismo atravessa uma das suas principais crises. Respeitamos o direito à greve, mas não podemos admitir que mais uma ação desta natureza venha prejudicar a atividade turística, que tem sido fortemente penalizada pela pandemia” adianta Francisco Calheiros, Presidente da CTP.

Assim, a CTP anuncia que pedirá uma reunião urgente com o Governo. “Tudo faremos para evitar uma paralisação dos serviços do SEF, ainda que parcial. Apelamos ao diálogo e a um entendimento urgente”, conclui Francisco Calheiros. 

É de lembrar que a greve foi convocada pelo Sindicato dos Inspetores de Investigação, Fiscalização e Fronteiras (SIIFF) no âmbito da falta de resposta do Governo quanto aos direitos destes inspetores na sequência da aprovação da proposta de lei que “prevê a dispersão de competências policiais do SEF pela PJ, PSP e GNR”. Por esse motivo, o sindicato considera que esta lei “ditará, inapelavelmente, o fim do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras” e lembra que, numa reunião realizada em junho, o ministro da Administração Interna definiu o final daquele mês como data limite para apresentar um documento com “os termos em que se asseguravam os direitos” destes inspetores.