Combater o cristicismo!

Alguns dizem que a discriminação, religiosa que os cristãos sofrem na Europa, se deva chamar ‘cristianofobia’, mas, na minha opinião, não é. 

Como se chamaria o ‘racismo’ contra a religião? Religismo? Cristicismo? Não sei, mas talvez seja bom que os Estados comecem a pensar numa forma inteligente de lutar contra aos discursos de ódio contra a religião ou veremos, no futuro, uma desgraça dentro da própria Europa.

Alguns dizem que a discriminação, religiosa que os cristãos sofrem na Europa, se deva chamar ‘cristianofobia’, mas, na minha opinião, não é. O que começa, cada vez mais, a notar-se nas narrativas culturais é um ódio à religião e não tanto um medo da religião. Isto é praticamente demonstrável pelos acontecimentos que se adensam dentro e fora da Europa.

No ano passado, na Europa, foram vandalizadas e queimadas mais de duas mil igrejas. 

Dentro da Europa, sim! Não foi na Índia ou no Paquistão. Também não foi na Nigéria onde todas as semanas raptam raparigas cristãs para instalarem o medo na comunidade religiosa.

Estamos a dizer que, na democrática Europa, sociedade supostamente inclusiva, hoje, haverá, em alguma parte, uma igreja a ser saqueada, vandalizada, queimada. Eu friso, todos os dias… porque a média supera o número de duas igrejas por dia nestas condições. Os motivos? Vandalismo?

Eu acredito que o que estamos a assistir, neste momento, é à construção de um discurso de ódio contra a religião, sob a capa da defesa de uma sociedade inclusiva. Portanto, o que estamos a assistir não é, propriamente, uma ‘cristianofobia’, mas a um ‘cristicismo’. 

A ‘cristianofobia’ foi o discurso vigente na segunda metade do século XX, que levou João Paulo II, no seu primeiro discurso, a convidar o mundo a não ter medo de abrir a sua vida social, económica e pessoal a Cristo e ao seu majestoso poder. Havia um certo medo, uma desconfiança, do homem a relação ao cristianismo.

Hoje, o que estamos a assistir, é um ataque ao cristianismo, isto é, vivemos um discurso velado de ataque religioso aos cristãos que tem levado muitos homens a desconfiarem e a atacarem de forma deliberada os cristãos, algumas vezes, até, fisicamente. Lembram-se de no ano passado haver um incêndio na catedral de Nantes, em França?

Pelo que se sabe, havia um rapaz do Ruanda que foi voluntário nessa catedral e que a terá incendiado. Esse mesmo ruandês tinha saída da prisão e esperava julgamento e houve uma comunidade de padres monfortinhos que o acolheu na sua casa. 

Aí viveu poucos dias porque voltou a ir para a prisão e, consequentemente, para o hospital psiquiátrico. Pelo que se sabe, desde há algum tempo, andava frustrado por ter visto recusado o seu visto de permanência em França e, por isso, deitou fogo à cátedra. Agora, matou o superior dos padres monfortinhos.

Na realidade, este assassinato não tem relação nenhuma com discursos de ódio ao cristianismo como outros o foram. Este ruandês é, aparentemente, pelo que sabemos até hoje, um homem desequilibrado pela situação da sua vida. Tem uma ordem de extradição, que não foi cumprida, depois, deitou fogo à catedral, tendo saído da prisão foi acolhido por esta comunidade religiosa.

Comecei a fazer as contas, só em França nos últimos anos, este é o quinto padre a ser assassinado. Os outros, porém, pelo que se sabe, foram mortos por ódio à fé.

No ano passado, 2020, um Tunisino, de 21 anos, atacou o sacristão e algumas senhoras que estavam a rezar na Igreja de Nossa Senhora da Assunção em Nice. Tinha chegado uns dias antes, como emigrante, a Itália.

No ano de 2019, o padre Roger Matassoli, com noventa anos, foi morto por um rapaz de vinte anos, por asfixia, com marcas de golpes no abdómen e crânio. Parece que tinha havido uma denuncia feita ao bispo de questões ligadas a abusos.

O padre Jacques Hamel, o mais famoso, foi assassinado na sua Igreja por dois homens. O assassinato foi reivindicado pela organização terrorista Estado Islâmico. Desequilíbrios mentais, maldades, ou ódio à fé? Há muita coisa aqui por detrás!!!