Morreu o pintor hiper-realista Chuck Close

O pintor norte-americano, conhecido pelos retratos gigantescos de figuras públicas, morreu na quinta-feira, com 81 anos. 

Morreu o pintor hiper-realista Chuck Close

Chuck Close, artista que alcançou a fama ao longo das décadas de 1970 e 80 pelos seus retratos fotorrealistas em grande escala, faleceu na quinta-feira, no Hospital Oceanside, em Nova Iorque, anunciou o seu advogado, John Silberman. Os seus trabalhos mais conhecidos são retratos de várias figuras públicas, como o ex-presidente norte-americano Bill Clinton, o compositor Philip Glass, o músico Lou Reed, a modelo Kate Moss ou a artista Cindy Sherman, que se confundem, em muitos casos, com fotografias. Close «usava técnicas semelhantes ao pontilhismo».

Nascido em Monroe, Washington, em 1940, foi criado pela sua mãe pianista e pai encenador, que morreu quando Chuck tinha apenas 11 anos. Frequentou a Universidade de Washington, em Seattle, e a Faculdade de Arte e Arquitetura, em Yale. Enquanto estudante, foi fortemente influenciado pelo «expressionismo abstrato muito em voga nessa altura». Nas suas experiências começou a reduzir o tamanho das pinceladas ao mais pequeno detalhe ao ponto de minimizar ou mesmo eliminar a sua relevância. 

O seu primeiro autorretrato foi realizado em 1968 e continua a ser um dos mais conhecidos – o artista encara a câmara com o cabelo despenteado, óculos de aro grosso e um cigarro aceso entre os lábios. Intitulado Grande Auto-retrato, o quadro faz jus ao nome, com quase três metros de altura. Em 1988, esta brilhante carreira parecia ter ficado comprometida, depois do artista ter ficado paralisado do pescoço para baixo devido ao colapso de uma artéria espinhal. Após meses de reabilitação, aprendeu a pintar novamente, reinventando o seu estilo e usando pincéis amarrados ao pulso. Dizem que, na altura, Close disse aos amigos: «Vou cuspir na tela, se for preciso». Em 2017, foi acusado de comportamento verbal sexualmente impróprio por várias mulheres que posavam para pinturas sozinhas no seu estúdio. Close disse que estava «realmente arrependido» por tê-las feito sentirem-se desconfortáveis, mas negou as acusações de assédio.