Covid-19. “Casa aberta” para crianças a partir dos 12 anos

A modalidade “casa aberta” funcionará através de uma senha digital pedida no próprio dia e “será usada exclusivamente a vacina da Janssen”.

Passou a estar disponível a partir de ontem a modalidade “casa aberta” para todos aqueles que têm mais de 12 anos e ainda não tomaram a primeira dose da vacina contra a covid-19, revelou a Direção-Geral da Saúde (DGS). Para usufruir desta modalidade é necessário tirar uma senha digital no site do Sistema Nacional de Saúde no próprio dia em que pretende ser vacinado.

A DGS avisa, no entanto, que o utente deve sempre verificar no portal da afluência se o centro de vacinação pretendido, obrigatoriamente no concelho de residência, se encontra com semáforo verde – ou seja, um tempo de espera inferior a 30 minutos.

Em comunicado, a task-force referiu que “para esta modalidade, será usada exclusivamente a vacina da Janssen, de toma única”. Contudo, de acordo com a norma n.º 004/2021 da DGS, recomenda-se que esta vacina seja apenas utilizada “em pessoas do sexo masculino com idade igual ou superior a 18 anos; em pessoas do sexo feminino com idade igual ou superior a 50 anos; em pessoas do sexo feminino com menos de 50 anos de idade, que assim o desejem, se devidamente informadas, numa base de ponderação dos benefícios e dos riscos”.

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde revelou ontem que o primeiro fim-de-semana de vacinação para a faixa etária dos 12 aos 15 anos superou as expectativas: “Cerca de 150 mil crianças foram vacinadas durante este fim de semana, esperando-se que no próximo continue a vacinação desta faixa etária e posteriormente através da casa aberta se possa continuar, para chegarmos entre a terceira e quarta semana [de setembro] com 85% de esquema vacinal completa”.

Lacerda Sales elogiou ainda as crianças que decidiram vacinar-se e destacou os 72% da população que já receberam as duas tomas. Falando aos jornalistas à margem da celebração do quarto aniversário da criação do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), o responsável defendeu que estas crianças deram a todos uma “grande lição de maturidade”, sendo que muitas vezes foram elas próprias que “convenceram os pais a serem vacinados”.

Questionado sobre a continuação do uso da máscara, Lacerda Sales referiu que “acompanha o Presidente da República”, recordando que esta é uma lei da Assembleia da República e que caberá assim ao mesmo órgão alterá-la. 

Apesar disso Lacerda Sales alertou que, mesmo “para além da data” em que terminar o quadro legal que obriga ao uso da máscara, há decisões que são pessoais, de “bom senso e de equilíbrio”.

Assim, cada um “equacionará” perante grandes aglomerados ou em espaços fechados “poder manter a máscara” se assim o entender. O mesmo não acontecerá, provavelmente, “em espaços abertos ou espaços livres com muito pouca gente”.

No dia em que desceu de quinto para sexto lugar na lista de países da União Europeia com mais casos de infeção por milhão de habitante, Portugal registou mais 1126 casos, seis óbitos e mais 25 internamentos.

A média da União Europeia neste indicador é de 149 casos por milhão de habitante, sendo a de Portugal de 225 casos por milhão de habitante. Nos primeiros três lugares da lista encontram-se o Chipre, a Irlanda e França com 476, 358 e 332 casos por milhão de habitante, respetivamente.