Israel. Exército faz nova vítima menor de idade

Nações Unidas alertam para elevado número de vítimas entre crianças palestinianas.

Durante o mais recente confronto na Cisjordânia, entre forças israelitas e palestinianas, o exército de Israel matou, esta terça-feira, um adolescente palestino no campo de refugiados de Balata, um caso que serve para aumentar a já elevada taxa de fatalidades adolescentes.

O jovem de 15 anos, Imad Khaled Saleh Hashash, ainda foi levado para um hospital, em Nabus, no entanto não resistiu aos ferimentos provocados por um tiro na cabeça, informou o Ministério da Saúde palestino.

O exército israelita confirmou, através de um comunicado, que disparou contra um “suspeito que se encontrava num telhado que tinha um grande objeto nas mãos e tentava lançá-lo contra um soldado que estava na parte de baixo”.

O objetivo da missão era “deter um suspeito de participar em atividades terroristas”, que foi capturado, completou o exército.

As forças armadas explicaram que, enquanto realizavam esta missão, despoletou um motim e civis palestinianos lançaram blocos de cimentos e outros objetos a soldados israelitas, que responderam com munições de fogo. O comunicado menciona que um alvo não identificado foi atingido, mas não diz especificamente se foi um jovem de 15 anos.

Fatalidade infantil O escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos alertou para o aumento da fatalidade infantil durante os ataques israelitas, perpetuados ao longo de 2021.

Segundo a organização, nas últimas semanas o exército israelita foi responsável pela morte de 12 jovens palestinianos, vítimas que vem somar às fatalidades registadas nos ataques a Gaza, efetuados em maio, onde morreram pelo menos 67 crianças. Em 2020, morreram um total de sete crianças, vítimas de ataques, entre Gaza e Cisjordânia.

A organização lançou ainda um novo alerta, uma vez que as forças de segurança israelitas invadiram os escritórios da ONG Defence for Children International, roubando computadores com “informações confidenciais” sobre padrões de ataque a crianças palestinianas.

“Estamos profundamente preocupados com a interferência do exército israelita no trabalho desta organização”, revelou as Nações Unidas, em comunicado, instando à devolução deste material.