Feira do Livro. Arrancou em Lisboa, hoje é no Porto, e Marcelo faz o pleno

Presidente passeou durante cerca de uma hora pelo recinto e cruzou-se com Carlos Moedas.

Abriu ontem as portas a 91.ª Feira do Livro de Lisboa, no Parque Eduardo VII. Com 744 marcas editorias representadas, 131 expositores e 325 pavilhões, trata-se, segundo a organização (a cargo da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros), da segunda maior edição de sempre, apenas suplantada pela de 2019.

Uma das presenças mais notadas na cerimónia de abertura foi a do Presidente da República. Amante confesso de livros, Marcelo Rebelo de Sousa passeou durante cerca de uma hora pelo recinto, tendo-se cruzado com Carlos Moedas, candidato pelo PSD à Câmara de Lisboa. Já o autarca Fernando Medina preferiu abster-se de acompanhar Marcelo, para não ser acusado de aproveitamento político.

Hoje é a vez de inaugurar a Feira do Livro do Porto, nos jardins do Palácio de Cristal, que apostam numa programação cultural intensa – leituras, conversas, oficinas, cinema, concertos, teatro, uma exposição, entre outros. O programa evoca Júlio Dinis, dado que se assinalam 150 anos do autor portuense. Também aqui o Presidente não faltará à abertura, às 15h30 de hoje.

Novidades e descontos Na Feira de Lisboa, o grupo Porto Editora / Bertrand, que terá por sua conta 28 pavilhões, destaca a presença de mais de 80 autores – como Ana Luísa Amaral (recentemente distinguida com o prémio Rainha Sofia de poesia ibero-americana), Richard Zimler (autor de uma nova biografia de Fernando Pessoa) e o cubano Leonardo Padura.

O grupo Leya ocupará 14 pavilhões, prometendo mais espaço para sessões de autógrafos, lançamentos e debates.

O grupo 2020, que inclui chancelas como a Cavalo de Ferro, a elsinore e Vogais, acena com descontos até 70%, enquanto a Gradiva anunciou descontos até 40% em todo o catálogo e de 20% em todas as novidades.

Já o Grupo Penguin Random House aposta forte no lançamento da coleção Clássicos Penguin em português, que terá direito a um stand exclusivo e original – uma carrinha VW ‘pão de forma’. “Ano após ano, o objetivo será oferecer aos leitores portugueses as melhoras obras universais, desde a Antiguidade ao dealbar do século XX. Quatro mil anos de literatura e pensamento em edições cuidadas e a preços acessíveis”, descreveu Clara Capitão, diretora editorial do grupo em Portugal.

Nas edições pré-pandemia, o total de livros vendidos no certame rondava o meio milhão. Este ano, os editores e livreiros esperam já aproximar-se desse valor.