PIB. Economia mundial deverá crescer 6,2% este ano

A recuperação é mais rápida que o previsto, estima a Crédito y Caución. Mas persistem riscos de queda.

“Com o avanço das campanhas de vacinação, a economia mundial está a recuperar plenamente da grande recessão económica de 2020 provocada pela pandemia da Covid-19”. A garantia é dada pela Crédito y Caución que prevê que a economia mundial cresça 6,2% já este ano, acima das previsões realizadas há seis meses.

E justifica: “Os estímulos fiscais estão a ser parcialmente ampliados em 2021 e o apoio monetário mantém-se flexível, apesar das crescentes pressões inflacionistas”. No entanto, no futuro será “necessário fazer face ao custo económico da pandemia”,  uma vez que “o ritmo da recuperação mantém-se alto, sobretudo nos mercados avançados com taxas de vacinação elevadas”.

A seguradora de crédito prevê que as economias avançadas cresçam 5,8% este ano, “mais do que compensando a queda cumulativa do PIB em 2020”. E garante que algumas das incertezas que pairavam sobre o mercado em 2020 desapareceram. “Os Estados Unidos mantêm uma política comercial mais previsível e implementaram vários projetos de lei de estímulo fiscal, impulsionando o crescimento do PIB nos EUA e noutros países”.

Já as perspetivas para o Reino Unido também “são melhores do que as realizadas no início de 2020” uma vez que “os consumidores estão a impulsionar a recuperação, com fortes crescimentos nos setores da hospitalidade, apesar do crescimento do comércio com a União Europeia ter ficado prejudicado devido ao Brexit e às incertezas sobre a pandemia”.

É que apesar de a variante Delta estar a aumentar, a crise é ”menos aguda” do que no ano passado.

O economista chefe da Atradius, John Lorié, explica “será um desafio para os governos e para os bancos centrais encontrar um caminho para sair da pandemia”. E acrescenta que “as perspetivas de recuperação parecem boas graças ao aumento da procura dos consumidores e aos estímulos fiscais, mas o aumento da inflação indica que há problemas de oferta que devem ser superados”.

O economista espera ainda que “a inflação regresse aos níveis normais em 2022 já que as elevadas taxas continuam a representar um risco de baixa, especialmente se desencadearem um endurecimento forçado da política monetária que dificulte a recuperação”.