Manifestação da UNITA junta milhares de pessoas nas ruas de Luanda (Vídeo)

Apoiantes da oposição angolana juntaram-se nas ruas da capital do país para exigir eleições justas e protestar contra as alterações à lei eleitoral.

Manifestação da UNITA junta milhares de pessoas nas ruas de Luanda (Vídeo)

No passado sábado, dia 11 de setembro, milhares de angolanos partiram para as ruas de Luanda, em apoio à oposição política do país, exigindo "eleições livres e justas". A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) foi a grande organizadora da manifestação, à qual se juntaram outros partidos como o Bloco Democrático e Partido da Renovação Social.

Com vista às eleições do próximo ano, e acusando as reformas aplicadas pelo Governo na Lei de Alteração da Lei Orgânica das Eleições Gerais, a UNITA apelou à aplicação de medidas como a identificação biométrica dos eleitores e o envolvimento da sociedade civil na contagem dos boletins de voto para combater a alegada fraude que, acusa a oposição do país, poderá surgir como efeito dessa mesma alteração à lei. Uma alteração que, apesar de ter sido aprovada pelo Parlamento angolano, acabou vetada pelo Presidente da República, a cerca de um ano das próximas eleições gerais do país.

Durante a marcha, podiam-se ler nos cartazes dos manifestantes mensagens como "voto livre, igual e transparente", "tratamento igual para todos os concorrentes", "votar no local de residência" e ainda "bilhete de identidade para todos os angolanos".

Na manifestação esteve Adalberto Costa Júnior, presidente da UNITA, que assegurou que o partido está preparado para ganhar as eleições de 2022, e que o Movimento Pela Libertação de Angola (MPLA), do presidente João Lourenço, "vai ter de se confrontar consigo próprio", apontando o dedo às mudanças trazidas por Lourenço à lei eleitoral.

Angola "não pode ficar na cauda" da democracia africana, avisou Costa Júnior, citado por meios de comunicação social locais, acusando o partido do poder de não ter, recentemente, convocado eleições autárquicas por ter "medo de perder". “João Lourenço tomou o poder e tornou-se pior do que o seu antecessor”, atacou ainda o líder da UNITA.