Escalões do IRS

Parece relativamente consensual a proposta do Governo de aliviar algum IRS, através do desdobramento de 2 escalões: o 3º e o 6º. Tem o apoio entusiástico de toda a esquerda, e também, embora aparentemente menos entusiástico, do PSD de Rio. É boa a alternância de Governos também por isto. Dificilmente se imaginaria um Executivo de…

Parece relativamente consensual a proposta do Governo de aliviar algum IRS, através do desdobramento de 2 escalões: o 3º e o 6º. Tem o apoio entusiástico de toda a esquerda, e também, embora aparentemente menos entusiástico, do PSD de Rio.

É boa a alternância de Governos também por isto. Dificilmente se imaginaria um Executivo de Passos Coelho, ou outro claramente de direita, a enveredar por tais opções.

Pena a ideia ser anunciada para só ser posta em prática a 2022. Tanto mais que já estava prometida no programa deste Governo. Mas claro que vai ser preciso pagar de alguma maneira a Pandemia, bem como outras exigências do PCP e do BE.

O terceiro escalão vai dos 10 732 euros de rendimentos familiares anuais (haverá quem consiga subsistir com isso?) aos 20 322 euros, com uma taxa progressiva de 28,5%. E o sexto escalão vai dos 36 967 euros aos 80 882 euros, com taxa progressiva de 45%.

À partida, o anúncio é "positivo", defendeu uma fiscalista de um conhecido escritório de advogados, "mas ainda não há elementos suficientes para saber o que vai ser apresentado". É que será diferente se não se tirar de um sítio para se pôr noutro, ou se foram logo alterados os descontos obrigatórios. A generalidade do jornais tem também advertido que antes de conhecer a proposta em concreto é cedo para grandes comentários. É que os detalhes, também aqui, são fundamentais.