Portugueses acusados de violação em Gijón podem vir a aguardar julgamento em liberdade

Jovens foram detidos em julho após serem acusados de violação por duas espanholas.

Poderão vir a aguardar pelo julgamento em liberdade os dois jovens portugueses que, em julho deste ano, foram detidos em Gijón, nas Astúrias, Acusados de terem violado duas cidadãs espanholas.

Por considerar que o risco de fuga é reduzido, o Ministério Público espanhol vai solicitar a libertação dos portugueses, mediante algumas condições. Por um lado, é pedido que paguem uma fiança de não menos que 5000 euros cada um – decisão que vai ser contestada pelo advogado dos jovens, que considera o valor exagerado face aos salários dos portugueses. Por outro, o procurador pede que seja aplicada uma medida que impeça a saída de ambos da Península Ibérica e que os seus passaportes sejam confiscados.

Os jovens já tinham apresentado anteriormente um pedido de libertação, que foi rejeitado.

Por agora, falta ouvir a advogada das alegadas vítimas, sendo provável que esta se oponha à proposta. A decisão será tomada pelo Tribunal Provincial, que ainda não se pronunciou.

A história, conta, no entanto, com quatro jovens suspeitos de violação, sendo que dois deles já estavam a aguardar o julgamento em liberdade, enquanto os outros dois – que agora poderão sair – ficaram em prisão preventiva.

A queixa foi apresentada por duas jovens, de 22 e 23 anos, que relataram às autoridades que tinham conhecido um homem português num bar, tendo-o acompanhado à pensão onde este estava hospedado. No caminho terão encontrado outro membro do grupo. Na pensão, estavam outros dois. Segundo a queixa apresentada, os homens terão forçado as espanholas a manterem relações sexuais com todos eles.

Na altura, o presidente da câmara de Gijón referiu que “o machismo ataca e mata, é um atentado à liberdade das mulheres”. Mas os exames médicos a que as queixosas foram submetidas não confirmaram a sua versão dos factos.