Greve Climática Estudantil lança “greve permanente” às aulas

Terá início já na próxima segunda-feira, dia 20, e durará “até 350 pessoas assinarem o compromisso ‘VAMOS JUNTAS’ que vincula subscritores à participação em ação de bloqueio à infraestrutura nacional mais poluente”, a Refinaria de Sines.

A Grave Climática Estudantil lançou, esta sexta-feira, uma “greve permanente às aulas” que terá início já na próxima segunda-feira, dia 20, e durará “até 350 pessoas assinarem o compromisso ‘VAMOS JUNTAS’ que vincula subscritores à participação em ação de bloqueio à infraestrutura nacional mais poluente”, a Refinaria de Sines.

" A nossa casa está a arder. O Acordo de Paris foi assinado há 6 anos e continua a não apresentar resultados visíveis, não por ter falhado, mas porque foi feito para falhar", refere Aurora Valdez, porta-voz da ação, citada num comunicado. 

“Não podemos esperar mais. As instituições falharam. Está na hora de tomarmos a iniciativa climática nas nossas próprias mãos. Está na hora de assumirmos a responsabilidade que a história colocou nos nossos ombros.", apela.

A greve tem como objetivo juntar 350 assinaturas no compromisso ‘VAMOS JUNTAS’ onde se lê "comprometo-me a sair às ruas este outono para uma ação disruptiva de desobediência civil se ao meu lado estiverem presentes mais 350 pessoas comprometidas à ação".

O compromisso pretende bloquear a Refinaria de Sines, “a infraestrutura nacional mais poluente segundo o inventário nacional de emissões, desenvolvido pela Greve Climática Estudantil e pela Climáximo no âmbito do Acordo de Glasgow”.

"Uma transição justa é urgente e imprescindível, e uma transição justa, ao contrário do que o Governo pensa, não é, por exemplo, encerrar a refinaria de Matosinhos para concentrar a refinação em Sines, é ainda menos encerrar postos de trabalho, em plena pandemia, sem qualquer plano de requalificação, desamparando milhares de famílias que dependiam daqueles rendimentos" frisa Aurora Valdez.