Caso Noah. PJ diz que “não houve qualquer responsabilidade” dos pais no desaparecimento

Menino de dois anos esteve desaparecido durante 36 horas numa zona de mato em Proença-a-Velha. “Apesar do trauma vivido, Noah denota ser uma criança bem física e emocionalmente”, diz o relatório da PJ. 

A Polícia Judiciária arquivou recentemente o relatório do desaparecimento de Noah, o menino de dois anos que esteve perdido numa zona de mato durante 36 horas, em Proença-a-Velha. Segundo o documento, a que TVI teve acesso, “não houve qualquer responsabilidade” dos pais. A decisão de arquivar ou não o caso está agora nas mãos do Ministério Público.

“Não houve qualquer responsabilidade, dolosa ou negligente, dos pais no desaparecimento do menino (…). As diligências realizadas comprovam a veracidade dos discursos recolhidos”, lê-se no documento.

A investigação revela ainda que os ferimentos que a criança tinha no momento em que foi encontrada são compatíveis com os locais por onde terá passado.

Segundo o relatório final da PJ, “Noah é uma criança muito autónoma para a sua idade, pois vestia-se e despia-se sozinho. “Muito aventureiro, criativo, curioso, destemido, corajoso e muito ágil”, estas são algumas das características do menino que explicam o porquê do seu estado de desidratação ser menor do que era expectável para o tempo que esteve desaparecido. É possível que Noah tenha “bebido água durante o percurso que fez, uma vez que cruzou linhas de água”.

Já o Correio da Manhã, que também teve acesso ao relatório, o menino confirmou à polícia e aos psicólogos que “que se despiu, que se descalçou, que fez xixi na fralda, que a despiu, que bebeu água da ribeira e que brincou na lama”.

“Apesar do trauma vivido, Noah denota ser uma criança bem física e emocionalmente”, diz o relatório.

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