Paula Franco em campanha pelo país

Candidatura de Paula Franco diz que muito foi alcançado na Ordem dos Contabilistas em quatro anos. Mas promete que os próximos quatro serão ainda melhores. Eleições estão marcadas para 18 de novembro.

Paula Franco em campanha pelo país

Paula Franco, que se recandidata à liderança da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC), vai estar em campanha pelo país. As eleições estão marcadas para o próximo dia 18 de novembro. «Assumi o cargo de bastonária em 2018 e em quatro anos, dois dos quais fortemente condicionados pela pandemia, tenho o maior orgulho em poder afirmar que não só alcancei os objetivos com que me apresentei enquanto candidata como os largamente superei», diz no programa a que o Nascer do SOL teve acesso. 

E garante que a Ordem está atualmente «presente na vida dos membros, disponível para os apoiar profissional, técnica, pessoal e socialmente», acrescentando ser uma «Ordem transparente, rigorosa e saudável financeiramente. Com a maior notoriedade social e política», que trabalha exclusivamente na defesa dos direitos e interesses dos contabilistas. «Uma Ordem que regula uma profissão de interesse público. Uma Ordem que reforçou o quadro normativo para o exercício da profissão».

A lista da candidatura de Paula Franco diz que muito foi alcançado em quatro anos, mas promete que mais será alcançado nos próximos quatro. Mas deixa um alerta: «O perfil dos profissionais tem de ser continuamente ajustado e aperfeiçoado, indo ao encontro das atuais preocupações sociais e ambientais, focando-se no relato integrado e na produção de informação com perspetivas futuras, contexto operacional, objetivos estratégicos, resumo organizacional, performance e governação». 

E os desafios não ficam por aqui. «Temos de conseguir planear com flexibilidade e agilidade, por forma a que sempre que um cliente se depare com um obstáculo tenha uma alternativa para o ultrapassar. Simultaneamente, o profissional tem de estar dotado dos necessários conhecimentos informáticos para tirar o maior rendimento das mais inovadoras ferramentas digitais e assim eliminar tempo que não acrescenta valor, permitindo-lhe ser mais eficiente e ter mais tempo livre para si».

E para o futuro acena com redução em mais de 30% dos valores anualmente pagos aos membros dos órgãos sociais da Ordem; criação pacote de medidas de apoio profissional e social; abertura de novas representações – Évora, Guarda, Bragança, Beja, Portalegre e Viana do Castelo – organização de reuniões livres; Dia Nacional do Contabilista e a redução do valor das quotas.

A candidatura da atual bastonária acena com a possibilidade de vir a conciliar a defesa do interesse público da profissão com a defesa dos direitos e interesses dos contabilistas certificados. No entanto, lembra que esta gestão «não se pode confundir com sindicâncias ou posições políticas, será sempre, executada com transparência, rigor, honestidade intelectual e moral, e focada na criação de valor da profissão». E chama a atenção para o facto de o interesse público da profissão se prender com o valor que o poder político, tecido empresarial e a sociedade civil dá trabalho dos contabilistas. «Por forma a reforçarmos o interesse público da nossa profissão, temos de abraçar o nosso papel e responsabilidade económica, financeira, social e ambiental. Enquanto criadores de valor dotado de interesse público, devemos procurar desempenhar um papel cada vez mais ativo na construção do paradigma económico e social sustentável, produzindo trabalho que se foque não só no relato financeiro, mas também no relato social e ambiental», refere no programa a que Nascer do SOL teve acesso.

A par de Paula Franco também concorre a bastonário da Ordem José Araújo. Os dois confrontaram-se já em 2017 nas últimas eleições, as mais concorridas de sempre da instituição. Dessa vez houve quatro candidatos a bastonário e foi preciso uma segunda volta – precisamente entre os dois nomes que agora se apresentam de novo a votos –, já que na primeira ninguém obteve maioria. Paula Franco acabaria, então, por conseguir a maioria, com 52,2%, um total de 6.597 votos, enquanto José Araújo juntou 5.966.