Estudo. 8 em cada 10 profissionais consideram que trabalho remoto aumenta produtividade

Estudo inquiriu 185 profissionais a nível nacional e revela que existe uma tendência para adotar o modelo de teletrabalho.

Oito em cada 10 profissionais portugueses dizem que a sua produtividade é potenciada em regime remoto. As conclusões divulgadas esta quarta-feira são do estudo “De Regresso ao Trabalho” do ManpowerGroup.

Este estudo, que inquiriu 185 profissionais a nível nacional, revela que existe uma tendência para adotar o modelo de teletrabalho, no período após as férias: 64% do total de inquiridos dizem estar a laborar através deste modelo e 79% referem que este regime melhora a sua produtividade, sendo que entre aqueles que referiram estar fora do escritório, o valor relativo à melhoria da produtividade sobe para os 92%, o que revela a preferência por este tipo de regime.

"Os modelos de trabalho a adotar são, cada vez mais, uma preocupação das organizações e do mercado de trabalho, numa decisão que claramente é condicionada pelo setor em que a organização se insere ou pelo tipo de funções a exercer, mas que tem um impacto crescente na sua capacidade de atração de talento", explica Rui Teixeira, Chief Operations Officer do ManpowerGroup Portugal, em comunicado.

“Percebemos, através do presente estudo, que os modelos de teletrabalho, em formato remoto ou híbrido, estão cada vez mais presentes, sendo bem valorizados pelos trabalhadores, que não querem perder a flexibilidade adquirida durante a pandemia. As organizações devem ir ao encontro destas suas preferências, e apostar em modelos que promovam a flexibilidade de horários e de locais de trabalho , mas também outros incentivos que incentivem a autonomia e a conciliação entre trabalho e vida pessoal. Só assim poderão desenvolver uma proposta de valor única que as torne mais competitivas no atual contexto de escassez de talento”, defende.

Os dados do estudo indicam ainda que, apesar de 98% dos inquiridos trabalharem a partir do seu local de residência habitual, 62% aspiram a poder prolongar a sua estância no local de férias e permanecer aí em teletrabalho.

No que diz respeito à cidade preferencial para exercerem as suas funções, 32% dos inquiridos apontaram Lisboa como local de eleição e 12% o Porto, bem como locais junto à zona costeira, com 16% dos respondentes a indicar Faro e 11% Setúbal.

A flexibilidade de horário e opções de teletrabalho são as propostas de valor mais valorizadas pelos trabalhadores.