Ginecologista gera polémica depois de diagnosticar homossexualidade como “doença” de guarda-redes

Clube já condenou discriminação e hospital já reagiu ao caso. 

Uma guarda-redes de 19 anos foi alvo de discriminação por parte de um ginecologista do Hospital Rainha Sofia, em Múrcia, Espanha, que identificou a homossexualidade como um diagnóstico.

A jovem procurou um médico daquela unidade hospitalar devido a um distúrbio do ciclo menstrual. Contudo, o ginecologista em questão identificou a homossexualidade como a “doença atual”.

Face ao “diagnóstico”, a atleta denunciou o caso à associação Galactyco, que comunicou o sucedido às autoridades de saúde exigindo uma retificação do boletim médico e um pedido de desculpas, além de ter tornado público o documento.

“Denunciamos o tratamento vexatório por LGTBIfobia recebido por uma paciente de 19 anos numa consulta de ginecologia […] após a qual lhe foi entregue um boletim médico que literalmente reconhecia a homossexualidade como 'doença atual'", lê-se numa declaração publica da associação.

Também o clube da desportista, o CAP Ciudad de Murcia, condenou, através das redes sociais, a “discriminação” sofrida pela jovem. “Exigimos que as responsabilidades sejam apuradas e apoiamos incondicionalmente a jogadora na sua corajosa reclamação”, escreveram.

Entretanto, o hospital em questão já se veio desculpar e diz que tudo se tratou de um “erro”.

“O Hospital Rainha Sofia de Murcia lamenta profundamente o erro cometido ao recolher os dados informáticos do relatório médico do ginecologista que tratou desta paciente”, alega o hospital, que garante já ter iniciado os procedimentos para corrigir o histórico médico da jovem.