Montepio. Prazo para votar por correspondência foi prolongado

O prazo terminava no dia 15, mas foi prolongado até 29 de outubro para os mutualistas dizerem se querem votar por correspondência. Mas há outras alternativas: online ou presencial. E há quem se queixe das mudanças.

O prazo para os associados da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) dizerem se querem votar por correspondência nas eleições marcadas para 17 de dezembro foi prolongado até ao dia 29 de outubro (inicialmente terminava esta sexta-feira). Ao contrário do que era habitual, a entidade liderada por Virgílio Lima, em vez de enviar o kit de voto para os mais de 600 mil associados, optou por enviar uma comunicação a pedir que até ao dia 15 de outubro indiquem essa intenção de votar. Isso significa que só quem mostrar essa disponibilidade é que poderá participar. “Depois de nos informar sobre a intenção de exercer o direito de voto por correspondência, garantiremos o envio do kit de voto por correspondência para o seu endereço postal”, revela a comunicação a que o i teve acesso. 

Outra alternativa é optar pelo voto eletrónico. “Utilizando o seu computador, telemóvel ou tablet, escolha o meio eletrónico mais ajustado a si”. Ou presencialmente. No próprio dia na Rua do Ouro ou entre 12 e 17 de dezembro em dois espaços em Lisboa – Rua do Carmo e Rui Castilho –  e no Porto – Rua Júlio Dinis. 

No entanto, ao que o i apurou, este processo está longe de ser pacífico. O i sabe que alguns associados admitem que têm acesso aos meios tecnológicos e outros perderam a carta e, como tal, não conseguiram demonstrar a vontade em participar no ato eleitoral. Há outros casos em que os associados simplemente não responderam porque continuam sem saber quem são as listas e os respetivos programas. 

Confrontada com estas queixas, a Associação Mutualista garante que “as soluções para exercício de direito de voto são diversas e respondem a todos os perfis de associado – mais ou menos familiarizado com a utilização de plataformas digitais. Assim, seja por correspondência, presencialmente (nos vários locais definidos e a definir para esse fim) ou em modo eletrónico, as soluções definidas e que estão a ser implementadas pela Associação Mutualista Montepio garantem uma amplitude que, na história desta Instituição, nunca havia sido registada”.  E garante: “A atenção prestada pela Associação Mutualista a uma participação informada e ajustada ao perfil de cada associado é de salientar, assim como o é o facto de todas as soluções terem sido previstas e todas as respostas estarem a ser asseguradas no sentido de garantir uma participação ativa da comunidade associativa”.

A par de Virgílio Lima – que apresenta a lista de continuidade e conta com nomes como Idália Serrão, João Carvalho das Neves, Rui Heitor e Fernando Amaro, Alípio Dias e Luís Patrão – há mais três listas concorrentes. Uma delas é a chamada ‘Lista dos Quadros’, liderada por Pedro Alves, que assumiu a candidatura depois de João Vicente Ribeiro ter pedido para se desvincular “por razões de ordem pessoal” – composta por Maria Eduarda Osório, Nuno Paramés e Pedro Líbano Monteiro.

Também Eugénio Rosa, juntamente com Ana Drago, António Couto Lopes, Catarina Homem, Luís Costa e Tiago Mota Saraiva concorrem à liderança da Mutualista, enquanto a outra lista, apoiada por Ribeiro Mendes – que concorreu nas últimas eleições contra Tomás Correia –, conta com Pedro Corte Real (presidente), Miguel Coelho, Mário Valadas, Nazaré Ribeiro, Nuno Rolo, Marcelo Gama e Ana Nogueira.