Jerónimo de Sousa diz que proposta do OE 2022 “está longe” de ser o que o “país precisa”

Jerónimo de Sousa reafirmou que votaria contra a proposta do Executivo, mas considera que ainda há tempo para negociar “até à votação na generalidade”. 

O secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP), Jerónimo de Sousa, afirmou, este sábado, que a proposta do Orçamento do Estado de 2022 “está longe” de ser o que o “país precisa”.

Num Comício do PCP, na  Escola Secundária Carolina Michaelis, no Porto, Jerónimo de Sousa considerou que o “Orçamento devia estar inserido no sentido geral de resposta aos problemas", mas, "não só o Orçamento não se insere nele, como o Governo não dá sinais de querer assumir esse caminho".

"A proposta do Orçamento está longe de se constituir como parte importante, mas não única, do rumo que o país precisa. É uma proposta de Orçamento que se baseia numa perspetiva de política que não assume o aumento dos salários como uma emergência nacional", afirmou,

Na ótica do comunista, o documento "não toma partido pela estabilidade do direito à habitação, ameaçando assim muitas famílias", nem tem "a resposta necessária e decisiva para reforçar os serviços públicos, como por exemplo, o SNS".

Jerónimo de Sousa reafirmou que votaria contra a proposta do Executivo, mas considera que ainda há tempo para negociar “até à votação na generalidade”. "É tempo ainda de verificar se o PS e o Governo recusam em definitivo os compromissos que permitam sinalizar o caminho da resposta que o País e a vida dos trabalhadores e do povo reclamam e as soluções que no Orçamento e além dele devem ser concretizadas”, disse.