Mulher que enviou currículo para lar e foi humilhada por erros de português vê história tornar-se viral e recebe ofertas de emprego

“Seria bom você fazer um curso de português. Deve ser por isso que você não consegue uma vaga de trabalho”, escreveu a funcionária do lar.

Uma mulher, de 43 anos, que trabalha como cuidadora de idosos, foi humilhada por uma funcionária de um lar no município brasileiro de Sorocaba, em São Paulo, devido aos erros de português nas mensagens que enviou para a instituição. A história tornou-se viral, gerando uma onda de solidariedade, e a mulher recebeu diversas ofertas de emprego.

O caso ocorreu na quinta-feira. Nas mensagens tornadas públicas, a mulher começou por disponibilizar-se para trabalhar naquele lar, enviando o currículo, mas as respostas que se seguiram foram tudo menos simpáticas.

“Você se esqueceu de um pequeno detalhe. Da próxima vez, pergunte antes se a empresa está precisando deste tipo de serviço. É só uma dica, antes de enviar tudo se nem pedimos. Fica feio”, escreveu a secretária, levando a cuidadora a explicar que lhe tinham dado aquele número e a pedir desculpa.

A funcionária continuou num tom menos positivo e começou a corrigir os erros de português escritos pela mulher. "Não existe agente, é a gente", escreveu. Além disso, sugeriu que a cuidadora fizesse um curso de português.

“Seria bom você fazer um curso de português. Deve ser por isso que você não consegue uma vaga de trabalho”, escreveu.

A história tornou-se viral nas redes sociais e a mulher, identificada como Cristiane Barros, recebeu inúmeras ofertas de emprego. De acordo com o G1, as oportunidades surgiram não só em São Paulo, como também no Rio de Janeiro. Além das ofertas de trabalho, muitas pessoas também de ofereceram para a ajudar a fazer um currículo novo e a dar dicas para futuras entrevistas.

"Deus sabe de tudo. Ele é maravilhoso e sabe o que faz. Sinto que fui escolhida por Ele e que Ele usou as pessoas ao meu redor para me mostrar que ainda existe bondade no mundo. Estou muito feliz e muito agradecida. Ainda estou analisando as propostas. Aceitei a ajuda de refazer o currículo", afirmou, citada pelo G1.

“Eu me senti muito mal. É muito triste pensar que existem pessoas assim, principalmente trabalhando com idosos. Fiquei chateada, porque não sou uma pessoa do mal. Fiz o curso, estou procurando emprego e batalhando por isso. Eu errei, alguns deles foram o corretor e não consegui arrumar. Foi sem querer”, acrescentou, explicando que decidiu enviar o currículo porque soube, através de um amigo, que estavam à procura de novos trabalhadores.

Contactado pelo G1, o lar disse que não tinha conhecimento sobre o sucedido e lamentou a conduta da funcionária.

“Continuaremos as investigações internas e, caso algum prestador de serviços tenha realizado a conduta em nome da empresa, adotaremos as medidas corretivas necessárias”, disseram.