Lucro do Abanca sobe 46% para 210 milhões no terceiro trimestre

O volume de negócio aumentou 15,8% para os 103.697 milhões de euros. Contabilizando o negócio da rede espanhola do Novo Banco, este valor superou os 107.000 milhões de euros (um crescimento homólogo de 20,1%).

O Abanca registou um lucro atribuível de 209,8 milhões de euros, sobretudo "graças ao aumento das receitas recorrentes, ao eficaz controlo de gastos e à contenção do custo do risco".

A instituição financeira adiantou ainda que agora "enfrenta a etapa de recuperação e transformação da economia com uma posição de força financeira validada pela máxima qualidade dos seus ativos (rácio de morosidade de 1,9% e nível de crédito imobiliário no balanço de 0,3%), pelos seus elevados níveis de cobertura (85,4% em ativos duvidosos e rácio Texas de 26,9%), pelo seu robusto nível de capitalização (rácio de capital total de 17,3% e 1.571 milhões de excesso sobre requisitos regulatórios) e pela sua confortável situação de liquidez (rácio LTD de 95,7% e 15.107 milhões de euros em ativos líquidos)".

As receitas recorrentes continuam a ganhar peso devido à evolução da margem financeira (que cresceu 7,6%) e das receitas por prestação de serviços bancários (que aumentaram 9,8%), a margem base subiu 8,2%.

Graças à realização de projetos de racionalização e à obtenção de valor nas integrações, os custos ordinários desceram 6,8%. Com isso, a margem recorrente (margem base menos gastos de exploração) alcançou os 190 milhões, o que representa um crescimento de 56,2% face ao mesmo período do ano passado.

O custo do risco (0,34%) continua contido, apesar de manter a prudência quanto a coberturas do crédito. O Abanca mantém as coberturas de crédito duvidoso mais elevadas do sistema financeiro espanhol (85,4%), destacando-se a prudência no segmento de PME e grandes empresas, onde se alcança 105,2% de cobertura.

O volume de negócio aumentou 15,8% para os 103.697 milhões de euros. Contabilizando o negócio da rede espanhola do Novo Banco, este valor superou os 107.000 milhões de euros (um crescimento homólogo de 20,1%).

A carteira de crédito a clientes em situação normal aumentou 15,4%, em termos homólogos, (10,9% excluindo o Bankoa, integrado no início de 2021) para os 44.429 milhões de euros. O financiamento a empresas e famílias, que somam el 77% do total, é a componente maioritária.

No que toca aos recursos de clientes, o banco gere um total de 58.830 milhões de euros. Este valor representa um crescimento total de 17,0% (11,5% sem contabilizar o Bankoa). Os depósitos de clientes cresceram 14,8% (11,0% sem incluir o Bankoa), para os 46.861 milhões de euros.

Desde o início do ano, o banco incorporou mais de 128.000 novos clientes valor, aumentou em 11,8% o total de cartões de crédito e débito e elevou em 14,6% o total de TPA´s.

Os recursos fora de balanço registaram um crescimento de 26,6% (13,7% sem incluir o efeito do Bankoa). O serviço de Gestão Discricionária de Carteiras merece menção especial, pois já supera os 1.100 milhões de euros de volume e já foi contratado por mais de 8.000 clientes. Este produto mantém-se entre os melhores do mercado espanhol em termos de rentabilidade.

Os prémios de seguros gerais e vida-risco cresceram 11,8%, com um comportamento muito homogéneo nos diferentes segmentos: proteção de pagamentos cresceu 16%, seguro automóvel e empresas 13% e vida-risco 12%.