Tony Blair alerta para o “dever cívico” de tomar a vacina

O ex-PM apresentou um relatório com sugestões para o atual governo lidar com a pandemia.

O antigo primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, disse, esta quinta-feira, que tomar a vacina contra a covid-19 é um “dever cívico” e instou o governo britânico a acelerar o processo de vacinação para 500 mil vacinas por dia, o que considera necessário para impedir que o país volte a confinar.

“Não estamos a dizer que isso vai acontecer, mas existe o risco”, afirmou o ex-primeiro-ministro, que apresentou um relatório feito por uma think-thank fundado pelo próprio, onde é revelado que “apesar de outrora” já ter estado à frente da Alemanha, França e Itália “em termos de vacinação”, o Reino Unido já foi ultrapassado.

“O que o governo precisa de fazer é aumentar a capacidade de administrar as vacinas e tornar este processo mais acessível para toda a população”, afirmou Blair, à Sky News. “Neste momento, é um pouco complicado agendar a vacinação, quando devia ser um processo simples, deveria ser permitido que as farmácias administrassem esta vacina juntamente com a da gripe”, sugeriu o ex-primeiro-ministro.

Blair acrescentou ainda que o governo deveria fazer um esforço para tornar claro porque é que as vacinas e o seu reforço são um bem necessário, acusando o governo de enviar mensagens confusas sobre este programa.

Além das sugestões, Blair alertou para a situação do inverno no Reino Unido, que irá complicar as contas dos infetados neste país e pode conduzir a um novo confinamento.

“Está a chegar um inverno complicado, o serviço nacional de saúde está a lidar com uma situação complicada, mas existem muitos mais fatores a ter em atenção”, afirmou Blair, acrescentando que opções como a adoção de um “passaporte covid” e reinstalar as regras para a utilização obrigatória de máscara em espaços fechados públicos.

Neste momento, o Reino Unido está a braços com uma nova sublinhagem do coronavírus – a AY.4.2.

Entre quarta e quinta-feira o Reino Unido registou 52.009 novos casos de infeção, o que representa o maior número de contágios desde julho. Desde o início da pandemia o país já registou 8.641.221 infeções.