Marcelo usa evolução da pandemia para defender aprovação do OE

O Presidente de República frisou que a pandemia está a evoluir a a nível internacional, um problema a que não se deve juntar uma crise política, que pode ser evitada com a “desejada” e “esperada” aprovação do Orçamento do Estado. 

Marcelo usa evolução da pandemia para defender aprovação do OE

Marcelo Rebelo de Sousa já enumerou vários motivos para que o Orçamento do Estado (OE) para 2022 seja aprovado, evitando uma crise política. A evolução dos casos de covid-19 no mundo é mais um dos motivos que o chefe de Estado elenca para frisar a necessidade de o OE ser aprovado. O objetivo é evitar mais um problema.

À margem de uma visita à exposição da pintura Paula Rego na Tate Galery, em Londres, Reino Unido, o Presidente de República adicionou a evolução da pandemia a nível internacional à lista dos problemas que podem dificultar a vida da governação portuguesa, caso entre em crise.

“Porque olho para o mundo e para a Europa, vejo que a recuperação não está a começar, que a pandemia em muitos casos está a voltar, os preços da energia a subir”, apontou Marcelo, vendo assim “muitos problemas no horizonte” e uma crise política “só juntaria mais um problema aos que temos”.

Não obstante, quando questionado sobre como é que Paula Rego pintaria o quadro político atual, o chefe de Estado disse que a pintora portuguesa sempre retratou temas “quer internos quer internacionais, mas não se prendia ao pormenor”. Para Marcelo, o Orçamento “não é um pormenor, mas é um momento histórico”. “Ela [Paula Rego] preferia causas mais longas”.

Já Marcelo “deseja” e “espera” que o Orçamento passe “não tanto por questões de pormenor”, uma vez que o motor económico não está a recuperar como todos esperariam e a pandemia ainda continua a instalar vários problemas. "Por isso, desejava e desejo, esperava e espero, que seja possível ter Orçamento", reforçou.

"Tenho a sensação que até ao fim da semana fica claro aquilo que resulta dos contactos entre partidos", disse o Presidente da República, que acredita que “na segunda-feira já haverá uma noção mais aproximada” do desfecho da votação do Orçamento de Estado.

Marcelo afirmou que não voltará a reunir-se com os partidos em Belém, sem querer “interferir” no jogo de negociações. "É o momento do diálogo entre partidos e o Governo. O PR agora aguarda para ver" o resultado final, assinalou.

Note-se que está marcado para esta sexta-feira à noite uma reunião da Comissão Política do PS, para avaliar o estado das negociações com o BE, PCP, PEV e PAN.