OE 2022. Governo: “Nunca tínhamos ido tão longe no diálogo com o PCP”

De acordo com Duarte Cordeiro, a “não viabilização deste Orçamento põe em causa todos estes avanços” negociados, acenando com o aumento do salário mínimo nacional, das pensões, as alterações ao SNS e à legislação laboral.

O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares afirmou que “foi feito um enorme esforço” e que “nunca tínhamos ido tão longe no diálogo com o PCP como fomos este ano”. Esta é a reação do Governo depois de o PCP ter revelado que irá votar contra o Orçamento do Estado para 2022 (OE 2022) na votação na generalidade desta quarta-feira.

De acordo com Duarte Cordeiro, a "não viabilização deste Orçamento põe em causa todos estes avanços” negociados, acenando com o aumento do salário mínimo nacional, das pensões, as alterações ao SNS e à legislação laboral.

“Até ao momento o Governo nunca tinha estado disponível para avançar nestas matérias”, disse Duarte Cordeiro, lembrando ainda gratuitidade progressiva nas creches, que o Executivo considerou introduzir no Orçamento no debate na especialidade para convencer a esquerda a viabilizar a proposta na primeira votação.

E foi mais longe: Insistimos que a não viabilização compromete estes avanços”, acrescentando que “será difícil explicar aos portugueses que todas estas melhorias nas suas vidas serão postas em causa. 

Governo diz que está disponível para negociar até quarta-feira

Duarte Cordeiro garante ainda que o "Governo tem tido postura negocial séria e dedicada”, garantindo que o Executivo tem procurado "alargar o espaço de entendimento para além do Orçamento”, e que “nunca tinha ido tão longe e também nunca tinha tido um nível de exigência tão grande”. 

Ainda assim, o governante refere que o Governo tem mostrado disponibilidade para negociar até quarta-feira”, aponta longo de seguida que o Governo “não sente por parte dos partidos disponibilidade em matéria alguma”. E volta a acusar o BE de “se fechar em nove propostas”. 

O secretário de Estado confirma ainda que o Conselho de Ministros “vai reunir-se para avaliar a situação em que estamos”.