Psicólogo diz ter vendido “pó suicida” a mais de 100 pessoas para provocar debate sobre eutanásia

Wim van Djik diz querer alimentar o debate sobre a morte medicamente assistida.

Wim van Dijk, um psicólogo holandês que faz parte da Coöperative Laatste Wil, uma organização que faz campanha por uma legislação mais liberal e pró-eutanásia, disse ao jornal De Volkskrant que deu um "pó suicida" a mais de 100 pessoas para provocar o debate sobre as leis sobre a morte assistida.

O psicólogo afirma estar tranquilo com a possibilidade de ser preso. “Estou consciente das consequências da minha história. Não quero saber. Quero que a agitação social se torne tão grande que o poder judicial não a possa ignorar". Não quero saber se me prendem ou me põem na cadeia. Quero que algo aconteça", disse, segundo o The Guardian.

Os procuradores já estão a investigar a organização por alegações de que pessoas que participaram nas suas reuniões compraram uma droga mortal conhecida como Agente X, alegação essas que foi negada.

A lei holandesa determina que as pessoas só podem ser ajudadas a morrer por um médico em resposta a um “pedido voluntário e bem ponderado” no contexto de “sofrimento insuportável do qual não há perspetiva de melhoria ou remédio alternativo”.