Estado Islâmico pode ter capacidade de atacar os EUA em seis meses

O Pentágono alertou para o risco do Estado Islâmico reagrupar no Afeganistão, aproveitando o caos após a saída da coligação liderada pelos americanos.

No meio do caos que se vive no Afeganistão, o Estado Islâmico de Khorasan (EI-K) pode ganhar capacidade de atacar solo americano dentro de seis meses, e tem intenção de fazê-lo, alertou Colin Kahl, um dirigente do Pentágono encarregue da política de defesa, citado pela Reuters, esta terça-feira. 

Não há dúvida nenhuma de que os talibãs, que tomaram o país, derrubando o Governo afegão apoiado pela NATO, odeiam de morte o EI-K, liderado sobretudo por talibãs dissidentes. Aliás, alguns dos mais brutais atentados recentes do EI-K foram contra os talibãs, chegando a detonar uma bomba numa mesquita no início do mês, durante o funeral da mãe de Zabihullah Mujahid, principal porta-voz dos talibãs, cujo rosto foi estampado em jornais por todo o mundo após a guerra de Cabul.

Os novos senhores do Afeganistão retaliaram exterminando uma base do EI-K – a dúvida do Pentágono é se os talibãs têm recursos para de facto aniquilar os seus rivais jiadistas, ou se estes conseguirão reagrupar e ganhar capacidade. Para já, a estimativa do Pentágono é que o grupo disponha de uma estrutura de "alguns milhares" de combatentes, segundo Kahl.