As fraquezas de Rio

Ninguém pode criticar isso ao Presidente, cujas simpatias políticas e militantismo partidário foram suficientemente conhecidos antes da eleição.

Só compreendi a verdadeira fraqueza de Rui Rio dentro do PSD, quando o vi atirar-se com insistência ao Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, por este claramente beneficiar o seu opositor interno, Paulo Rangel. 

Porque evidentemente que Marcelo o beneficiou, mas isso só foi claro com as lamentações públicas de Rio, o que terá agradado ao seu opositor interno. Mas também era normal ouvi-lo, sobretudo a seu pedido, quando se colocou como concorrente à direcção do PSD. Ninguém pode criticar isso ao Presidente, cujas simpatias políticas e militantismo partidário foram suficientemente conhecidos antes da eleição.

Ainda por cima, Rio e Rangel, parecem ser ambos da esquerda do PSD, embora este último o disfarce agora. Claro que Rangel diminui as suas possibilidades, se fecha à partida a possibilidade a entendimentos com o PS, quando este partido, depois de tão mal tratado pelos partidos de esquerda, não tiver uma maioria absoluta (como parece difícil ter). Não terá outra possibilidade tão agradável de entendimentos, fora do Bloco Central.

E o PSD, como de resto o PS, é um partido feito para viver agarrado ao poder, e ao pote que esse poder implica (às tantas são todos). Mas Costa está neste momento relativamente limitado, o que se torna pior com Rangel se nõ surgir uma alternativa absoluta à direita ou à esquerda.